Asahi Linux: vale mesmo a pena todos os esforços para rodar em MACs?

A Apple revolucionou o mercado de computadores pessoais, ao mostrar para o mundo que é possível dispor de SoCs poderosos, baseados no set de instruções ARM. Até então, as CPUs ARM Cortex se mostravam poderosas para o uso em dispositivos móveis em vista do seu baixíssimo consumo e no entanto, mal davam conta do recado em equipamentos mais “encorpados” (como é o caso dos Chromebooks)…

Mas infelizmente, a Apple promove todo um ecossistema fechado em volta dos seus produtos e por isto, não oferece suporte para a instalação de outros sistemas operacionais, que não sejam os dela! Mesmo assim, um grupo de desenvolvedores resolveram criar uma distribuição especial, designada exclusivamente para os PCs desktops e notebooks da empresa: eis, o Asahi Linux!

Anunciado no final de 2020, o sistema ganhou uma versão alfa no início de 2022, o qual integrava uma interface gráfica para o usuário, além do suporte para a aceleração gráfica (os drivers dos IGPs foram criados a partir do zero, por se tratar de uma unidade gráfica nova). Infelizmente, também não há suporte para algunas conexões, como é o caso da saída de vídeo Thunderbold nos MacBooks.

Mesmo com todas as suas dificuldades e limitações, o projeto continuou seguindo a todo vapor e aos poucos, foi amadurecendo a ponto de receber até mesmo elogios da mídia especializada. Mais a frente, novos componentes de hardware passaram a ser suportados e com isto, teremos uma plataforma totalmente baseada em Software Livre para uma classe de equipamentos que até então, sequer imaginávamos!

Ainda assim, vale mesmo a pena todos os esforços para rodar em MACs?

Além do fato dos sistemas GNU/Linux não serem muito populares (2% da base de usuários), tais esforços são direcionados para uma plataforma de hardware cara (poucos possuem condição de pagar para dispor destes equipamentos) e elitizada (que possuem culturas bem diferente, se comparadas com a comunidade do Software Livre). Por fim, ainda existe o risco de ter que lidar com a Apple nos tribunais, caso ela se sinta “prejudicada” em seus negócios.

Ou vai ver, posso estar redondamente enganado… &;-D