Certificação Cisco: mais desafios à vista, com os “novos” protocolos!

Muitas vezes, quando estudamos para obter determinadas certificações de TI, somos obrigados a lidar com tecnologias, produtos e serviços que até então, não tivemos a oportunidade de conhecer, testar ou até mesmo trabalhar com eles, seja em laboratórios práticos ou experiências profissionais. No que se refere as grandes inovações tecnológicas disruptivas ou até mesmo as reformulações de conceitos, não é raro também ficarmos perdidos e desorientados nos estudos! Sim, estou me referindo as Redes Definidas por Softwares (SDN) e todas as suas “tretas”

Há anos, desejo obter uma certificação de peso e no processo, me aperfeiçoar ainda mais como profissional de TI. A escolhida para isto foi a Cisco CCNP, que por sua vez sofreu algumas belas reformulações nestes últimos anos. Nesta sua atual edição (Enterprise), ela requer que o candidato seja aprovado em dois exames: o de núcleo (base, o qual irá conferir o título de Especialista Cisco) e o de concentração (especialização, focado em determinadas tecnologias e/ou segmentos). O exame CCNP ENCOR requer que o candidato saiba como funcionam os “novos” protocolos de redes: o IS-IS, o VXLAN e o LISP.

O IS-IS (Intermediate System to Intermediate System) é um protocolo designado para o roteamento interno (tal como o RIP, o EIGRP e o OSPF), que utiliza algoritmos de estado de link (link-state) para criar um mapa da topologia da rede e com base nele, calcular as rotas (tal como o OSPF). Já a VXLAN (Virtual Extensible LAN) é uma evolução das VLANs tradicionais, designado para operar em redes virtualizadas e resolver os problemas de escalabilidade em redes de grande porte, tal como encontramos nas infraestruturas de Computação em Nuvem.

Por fim, o LISP (Locator/ID Separation Protocol) é um protocolo designado para resolver os problemas de escalabilidade de roteamento da Internet, provendo um sistema de mapeamento e encapsulamento dos endereçamentos das estações, que ingressam na infraestrutura local. Por trabalhar de uma maneira similar ao protocolo DNS, os roteadores (RLOC) fazem consultas para obter a localização dos hosts (EID) com base nas identificações atribuídas a eles, recebendo como resposta o endereço IP e assim, estabelecem o roteamento local.

Estes protocolos se tornaram grandes pilares, para as abordagens de Acesso Definido por Software (SD-Access), estabelecendo toda a infraestrutura lógica para a identificação, segmentação e comunicação entre as estações “por trás dos bastidores” (underlay network)! Por isto, compreendê-los não só será fundamental para a aprovação nos exames de certificação, como também para as implementações e configurações dos dispositivos de redes. O problema é que apesar do Packet Tracer ser uma incrível ferramenta para a simulação de redes, ele (ainda) carece de um suporte decente para estes (e outros) protocolos…

Resumindo: terei que “dar um jeito” para montar os laboratórios e assim, promover todas as práticas necessárias para entender e assimilar estes “novos” protocolos! E dada algumas recentes mudanças em relação a instituição para a qual trabalho (que de tempos em tempos, promove uma renovação do seu portfólio de cursos), este seria o momento perfeito para investir em um PC desktop melhor, com o objetivo de suportar o Cisco Modeling Labs, uma solução de virtualização mais complexa e poderosa, voltada para o uso em treinamentos e simulações em geral.

E olha que nem iniciei os trabalhos para o “overlay network”… &;-D