Antigamente, quando realizava consultorias para definir as especificações técnicas dos PCs desktops a serem montados, concentrava-se nas 3 principais categorias do mercado: entry-level, mainstream e high-level. E a escolha da CPU ideal (bem como os demais componentes) seria fundamental para garantir a boa performance geral do equipamento em questão…
Como na grande maioria das vezes especificava equipamentos de entrada, as CPUs selecionadas deveriam obedecer a alguns critérios bem definidos, para atender as necessidades dos clientes. E embora o poder de processamento fosse preponderante, sempre levava em consideração o consumo elétrico no pacote, pois afinal de contas, o custo geral também deve levar em consideração os gastos de conta de luz. Por isso, difícilmente optava por CPUs acima de 35 Watts!
O mesmo se dava para a categoria intermediária (65 Watts), pois a seleção de uma boa CPU com consumo razoável possibilitaria dispor de um equipamento mais equilibrado em termos de performance vs custo, pois caso contrário, gastos extras com dissipadores térmicos seriam necessários para evitar problemas de aquecimento, já que os processadores vendidos no mercado já vêm acompanhados com os tradicionais cooler-in-box (embora limitados, ao menos garantem o bom funcionamento da CPU dentro da faixa de temperatura e arejamento para a qual foram projetados).
Por fim, para a categoria avançada (95 Watts), a minha preocupação em relação ao consumo se dava mais em vista da necessidade de um bom projeto de dissipação térmica, pois a performance poderia ser severamente afetada, tanto pela estabilidade geral quanto pelas dificuldades em realizar overclock. No entanto, o custo referente ao consumo era menos prepoderante (já que os clientes estavam dispostos a pagarem bem por equipamentos poderosos).
Pena que para os montadores atuais, só a performance importa… &;-D