Nesta semana, a imprensa publicou uma triste tragédia em São Paulo, onde dois jovens criminosos mataram estudantes e funcionários de uma escola estadual (e se suicidaram). Quanta ignorância! Mas não falo dos infelizes executores dos assassinatos em questão, mas sim dos usuários das redes sociais. Para variar, alguns políticos aproveitam a oportunidade e vão “na onda” destes comentários…
Além das “mensagens de solidariedade e apoio” (para não dizer lacração), não demorou muito para surgir mensagens sobre o assunto em relação aos jogos violentos (em especial os jogos FPS), os quais foram fundamentais para inspirar os jovens a realizarem os crimes em questão. Outros também citaram o impacto da religião (ou a ausência dela). Em suma: fãs de jogos de tiro se tornaram suspeitos e “altamente inclinados” a cometer atos de violência!
Sério? Até aceito que os jogos eletrônicos se tornam a válvula de escape para as mentes já doentias e propensa a cometer estas barbaridades, mas dizer que estas pessoas se tornam doentes por “se exporem” a este tipo de entretenimento é demais! E se isto ainda fosse verdade, pergunto: quantos assassinos em potencial abrigamos em nossos lares, já que praticamente todo adolescente adoram jogos eletrônicos?
Para constar, sou fã de FPS e acompanhei o desenvolvimento desta categoria de jogos desde os tempos do Wolfeinstein (1992) até os dias atuais, passando por clássicos como Doom, Heretic, Quake, Hexen e Unreal, entre outros. E também já fui apontado como “o cara esquisito que curte essas p*” e que “é calminho e tranquilo só por fora”. Na boa: até quando ficaremos expostos a essas baboseiras?
Irônicamente, o comportamento tóxico (presente em diversos aspectos de nossas vidas), egocentrismo e a vaidade (ampliados e realçados pela cultura das redes sociais), bem como a necessidade compulsória de compartilhar e receber likes, nem sequer são mencionados. É justamente aí que (acredito) se encontram as raízes dos problemas sociais no quais estamos inseridos. Por isso, praticamente não faço uso destas ferramentas e me mantenho afastado sempre que possível.
No entanto, não abro mão do LinkedIn… &;-D