Quando os jogos FPS (como DOOM) surgiram na metade dos anos 90, uma grande quantidade de títulos foi lançada no mercado para aproveitar esta grande febre da época! Mas com o passar dos anos, este gênero começou a ficar saturado pela falta de novidades e inovações, apesar de dispor de bons títulos (especialmente aqueles ambientados na Segunda Guerra Mundial). Para variar, muitas das tentativas de promover melhorias e diferenciais acabaram resultando em jogos desnecessáriamente complexos, o que também acabou resultando na saudade de muitos jogadores oldschool em relação aos seus antigos FPS favoritos…
Então, se fôssemos propor uma nova abordagem para revitalizar este gênero, quais idéias poderiam ser aproveitadas? Na minha opinião, dentre os aspectos mais críticos em relação aos jogos atuais, estão aqueles voltados para as definições das armas e seus atributos, o que afeta o estilo de jogo. Enquanto que alguns títulos falham pela pouca variedade de armas, outros pecam pela repetitividade e ainda tem aqueles que exageram na quantidade de opções! Em geral as mecânicas em relação ao uso das armas durante o jogo também é bastante negligenciada, já que elas não trazem as mesmas experiências em relação ao uso real.
Por exemplo, o carregamento (quase instantâneo) das armas semi-automáticas e revólveres, além do recuo após o tiro (também chamado “coice”) são modificados, para promover uma jogabilidade mais confortável para o jogador. Assim também como a dificuldade para estabelecer uma mira estável sob as lunetas de rifles, chega a ser algo para lá de irritante em diversos títulos de jogos FPS (já outros, pecam pelo excesso de facilidade)! Mas por incrível que pareça, são justamente estas mecânicas que poderiam ser exploradas, trazendo assim profundas mudanças em estilos de jogos e abordagens em prol da diversão!
Imaginem um novo jogo que se baseia em apenas um determinado gênero de armas de pequeno porte, como pistolas e revólveres, entre outras. Neste hipotético FPS, o jogador terá que se habituar com as particularidades de cada arma, definindo estratégias e estilos de jogo de acordo com o arsenal disponível. As pistolas trariam vantagens em relação a velocidade, quantidade de munição e recarga, ao passo que os revólveres são mais confiáveis em termos de funcionamento e manutenção. E se não bastasse ter que lidar com cada arma, os jogadores só poderiam carregar no máximo 3 armas e dispor de munição limitada.
Assim, no lugar de tiroteios frenéticos, teríamos um jogo mais equilibrado, estratégico e inteligente, no qual as abordagens furtivas, cuidadosas e bem pensadas, serão fundamentais para que os jogadores se tornem vitoriosos! O poder de fogo das armas também não seria tão preponderantes (embora continue tendo o seu impacto) para a performance do jogador, tornando a observação de outros aspectos tão importante (ou mais) em relação a este quesito. Até mesmo a quantidade e o tipo de munição poderiam fazer a diferença, dependendo das circunstâncias e dos elementos que compõem o cenário.
Viajei na maionese? Nem tanto. A verdade é que de uns tempos para cá, aprendi na prática que apenas umas 1/2 dúzias de jogos entre dezenas que são lançados todos os anos, acabam valendo a pena para curtir por serem diferenciados! Muitas das vezes, acabamos até preferindo comprar as sequências de títulos consagrados, ao invés de arriscar a compra de títulos que até antes, não haviamos experimentado. Se não fosse isto, muitos jogos que apresentam uma fórmula já desgastada (pelo excesso de exploração) não continuariam sendo muito populares, como Halo, Call of Dutty, FarCry, Gear of War e Borderlands, entre outros.
E de quebra, com uma pegada old-school do tipo Graven… &;-D