… estivermos com dificuldades técnicas, passando por alguma situação pessoal, lidando com conflitos diversos ou até mesmo em situações inesperadas, ligar o botão turbo (ao invés do “botão do f***-se”) poderá ser uma ótima opção! Mas, que diabos é esse tal botão? Há algumas décadas, os PCs desktops ofereciam este famoso botão, mas não com o objetivo de aumentar a velocidade da CPU: na prática, ele tinha a função de reduzi-la, para que os softwares mais antigos e sem o suporte para o Relógio de Tempo Real (RTC), podessem ser executados…
Porém, o nosso “botão turbo” terá um contexto bem diferente: o de auxiliar na resolução de problemas em geral, tendo como base a aplicação de simples técnicas de concentração e direcionamento de esforços, que desenvolvi ao longo dos anos em minha jornada como profissional (inclusive, elas terão muitas similaridades com outras abordagens conhecidas). Antes de tudo, saibam que passamos 99% do tempo sem a necessidade de apertar esse “botão” e mesmo sem ele, conseguimos resolver a maior parte dos problemas e inconvenientes das nossas vidas.
Mas não todos. Em certos momentos, somos exigidos de tal forma que muitas vezes, não conseguimos encontrar as soluções desejadas, em vista de uma série de fatores que impactam diretamente nas nossas ações, como as preocupações do dia-a-dia (que afetam bastante a nossa concentração), a falta de preparo, a pouca disponibilidade de tempo, as consequências à médio e longo prazo e claro, as dificuldades impostas pelas circunstâncias. Enfim, não haverá outro jeito a não ser, ligar o badalado “botão turbo”! Então, como iremos fazer isto?
As técnicas atuais consistem em realizar uma série de preparativos, com o objetivo de maximizar a o preparo, a performance e a concentração do indivíduo. Existem diversas delas voltadas para isto, sendo algumas práticas e outras mais voltadas para o bem estar do indivído. O problema é que por existirem tantos métodos diferenciados, eles acabam tornando todo o processo mais complexo e desafiador, o que no final das contas impactam negativamente no resultado final. Por isto, “desenvolvi” a técnica do “pressionar o botão turbo”!
O primeiro passo é procurar um lugar confortável para se sentar, inclinar a cabeça para baixo e fechar os olhos. A partir deste momento, deveremos esvaziar a mente e não pensar em absolutamente nada, exceto no próprio batimento cardíaco! A seguir, regule a sua respiração e alguns segundos (ou minutos) depois (de alcançar um certo grau de relaxamento), estabeleça uma conexão com o seu próprio corpo, sentindo todos os membros até obter uma noção espacial de todo o ser. Ao final desde processo, dê um suspiro e abra lentamente os olhos.
A partir daí, iremos ter uma percepção do tempo diferenciada, tendo a impressão de que as coisas que acontecem ao nosso redor estão devagar e aos poucos, elas vão se acelerando até chegar ao seu ritmo “normal”. Também iremos nos dar conta de que a nossa mente consegue raciocinar de forma mais leve, rápida e eficiente, não só enxergando o problema em questão, mas também visualizando todos os eventos e circunstâncias que estão correlacionados. A partir deste momento, novas idéias e observações vêm à tona, as quais poderão ser úteis para a resolução do problema.
Funcionou? Se sim, que bom! Se não, recomendo que façam pequenas mudanças e ajustes, de acordo com as suas necessidades e preferências, pois cada indivíduo é único. No geral, adoto esta técnica especialmente quando tenho que lidar com situações inesperados e/ou que exigem uma resposta rápida. Confesso que por alguns bons momentos, me sinto como se fosse uma “implacável máquina de pensar” e consigo obter insights interessantes para a resolução de diversos tipos de problemas. Não raro, dá até mesmo a vontade de gritar “sai da frente”!
O problema depois é ter que desligar o “botão turbo” e voltar ao normal… &;-D