As memórias RAM desempenham um papel fundamental na performance geral dos computadores modernos (seja um PC desktop, notebook, tablet ou smartphone)! É graças a ela, que a CPU consegue manipular dados com boa performance. Mas para isto, os módulos de memória RAM precisam atender a determinados requisitos, como ser capaz de armazenar um grande volume de dados, além de transferi-los com a máxima velocidade possível e por fim, minimizar o tempo de busca e acesso das informações desejadas. Desde os tempos do IBM PC XT, ela evoluiu bastante…
Dentre as tecnologias já desenvolvidas, as memórias RAM SDRAM (Synchronous Dynamic Random-Access Memory), se tornaram as principais (e únicas) no mercado a partir do final dos anos 90, se destacando por oferecerem uma boa performance através do acesso a bancos de memória de forma independente. Elas apareceram no mercado sob a nomenclatura SDR (com velocidades de clock de 66, 100 e 133 MHz) e após evoluírem para o padrão DDR (Double Data Rate), passaram a duplicar a capacidade de transferência de dados, embora também tenham aumentado o tempo de latência na mesma proporção. Eis, o problema!
Até a 4a. geração de memórias baseadas no padrão DDR4, o seu avanço tem sido baseado principalmente na capacidade de multiplicar (2x) a largura de banda para garantir a transferência de grandes volumes de dados. Em contrapartida, a latência também tem sido aumentada na mesma velocidade, gerando um certo impacto na sua performance geral. Este é o principal motivo pelo qual existem módulos de memória designado para gamers, já que em geral estas memórias não só alcançam frequências maiores, como também possuem latências mais baixas. Mas no geral, a taxa de transferência acaba compensando as latências em questão.
Já o atual padrão DDR5 trouxe algumas inovações bem interessantes, como o suporte para a utilização de 2 canais de 32 bits independentes (ao invés de um canal de 64 bits), o que não só oferece uma maior flexibilidade como também melhora a performance geral do sistema. Além disso, os módulos de memória virão com o sistema de correção de erros (ECC) integrado no próprio chip, ao invés de dependerem de um outro chip externo para isto. Por fim, ela também aumenta o tamanho da página que poderá ser lida a cada acesso, reduzindo bastante a quantidade de acesso e melhorando a performance geral.
Porém, os tempos de latência ainda continuam os mesmos! No caso das novas memórias DDR5, elas chegam ao patamar de quase 80 nanossegundos, se forem utilizados módulos DDR5-4800 com CAS Latency (CL) de 40! Então, seria este o momento ideal para repensarmos na evolução do padrão, com o objetivo de trazer novos módulos de memória que priorizem tempos de latência menores? De um tempo para cá, tenho acompanhado o lançamento de produtos para gamers e diferente de antes, eles vêm se concentrando justamente nos benefícios que os módulos de baixa latência oferecem, para a reprodução dos jogos de última geração!
Eis, a minha previsão para os futuros padrões de memória RAM… &;-D