… sabemos que o controverso FPS multiplayer de sobrevivência pós-apocalíptico da Bethesda, terá os seus servidores desligados em um futuro não muito distante! Mesmo assim, acredito que nada impediria a empresa de torná-lo um jogo single player em sua essência, em vista de algumas características e particularidades que ele possui. Mesmo sendo um jogo com uma abordagem online, que requer uma conexão com a Internet e uma subscrição válida para a plataforma de consoles…
Para começar, praticamente todas as missões que ele propõe (principais ou secundárias) deverão ser feitas de forma individual (solo), embora possamos receber auxílio de outros jogadores para serem concluídas. Já os eventos e outras atividades que em tese devam ser feitas em grupo, também poderão ser adaptadas para serem executadas de forma indivisual, pois elas praticamente não exigem a interação entre os jogadores para que possam ser concluídas. Inclusive, o modo PvP também poderia ser perfeitamente descartado!
Além disso, o próprio jogo oferece uma assinatura que permite aos jogadores curtirem “Mundos Privados”, os quais permitem estabelecer sessões exclusivamente dedicadas, exceto caso eles queiram outros jogadores participando da diversão (poderemos convidar até sete pessoas). Este recurso foi criado com o objetivo de garantir aos assinantes, uma experiência mais controlada por impedir que outros jogadores (indesejados) interfiram nas missões e outras atividades propostas pelo jogo. Sob muitos aspectos, este modo entrega uma experiência mais solo.
Por fim, o limite estabelecido de apenas 24 jogadores por sessão, acaba também influenciando de forma positiva para a jogabilidade single player, pois estaremos praticamente sozinhos na maior parte do tempo, em vista das grandes dimensões do seu mapa. Até podemos encontrar outros jogadores em nossas “andanças por aí”, mas isto acontece de forma bastante ocasional e na maioria das vezes, apenas em locais relevantes das facções na história do jogo (como a “Fundação”, a “Cratera”, o “WhiteSpring” e o “Forte Defiance”, etc).
Acredito que “Fallout 76” seria um jogo que pode ser perfeitamente adaptado para o modo single player, embora tenha algumas perdas em vista deste processo. Dentre elas, a que certamente eu sentiria bastante falta são as “máquinas de vendas”, as quais poderemos estabelecer em nossos C.A.M.P.s e vender uma série de itens para os outros jogadores (sobressalentes e/ou desnecessários). Ainda assim, o processo de adaptação também poderia entregar “novas” experiências, como a remoção do limite de caps, tal como acontece com os títulos mais antigos.
Porém, não acredito que Bethesda irá realmente fazer isso, pois além de ter que arcar com os custos extras para realizar o processo de adaptação, provavelmente será difícil alcançar bons números de vendas com um título relativamente antigo. No máximo, poderemos torcer por uma possível remasterização, que além de prover as adaptações necessárias e elevar a qualidade gráfica deste venerável título (que por sua vez, já nasceu levemente defasada), também poderia entregar mais conteúdos através de missões adicionais, tal como foi feito com Fallout 4.
De qualquer forma, torço para que a Bethesda dê para Fallout 76, um tratamento digno para aquele que foi o jogo que mais curti em minha vida! Além de gostar muito das experiências que ele me proporcionou, este foi o único título que me fez acumular +2000 horas de jogo (até o momento da publicação desta coluna). Antes dele, somente Quake conseguiu a proeza de me manter interessado por anos a fio (embora não tenha como contabilizar a quantidade de horas que gastei nele), graças a comunidade de jogadores que criaram mapas extras para a sua expansão.
Já em relação a “The Elder Scrolls: Online”: esse não tem jeito… &;-D