Instalar e usar antivírus no Linux: faz sentido?

Diferente do Windows, o Linux é menos suscetível a malwares, devido ao seu poderoso e funcional sistema de restrições, que impossibilita a sua instalação, execução e transmissão graças a necessidade de acesso administrativo. Para variar, os seus usuários em geral são mais capacitados tecnicamente, se comparados aos tradicionais usuários do Windows, que por sua vez usam o computador mais como um eletrodoméstico a que como uma poderosa ferramenta computacional. No entanto, ainda assim é perfeitamente possível a infecção neste sistema, embora os estragos fiquem bem restritos…

Eis a questão: faz sentido (para esta classe de usuários) usar antivírus? Depende! Para os usuários avançados, esta é uma opção a ser considerada, pois embora o sistema seja imune as ações dos vírus existentes por eles serem projetados para a plataforma Windows, devemos levar em consideração que muitas vezes, existem trocas de arquivos com computadores que fazem o uso deste sistema. Então, mesmo que um e-mail com um malware anexado não faça mal nenhum para o linuxer, ele pode perfeitamente encaminhá-lo para terceiros que façam o uso da plataforma Windows e assim, contaminar outros computadores. Então na prática, o antivírus seria mais útil para proteger a terceiros.

Então, qual antivírus poderíamos instalar? Apesar de não haver um grande número de opções em comparação a plataforma Windows, o Linux possui interessantes softwares neste quesito, como o Avast!, o BitDefender, o ClaMAV, o Cômodo, o ESET NOD32 e o Karpersky. Destes, o destaque vai para o ClaMAV, pois dos antivírus aqui listados, ele é o único software livre da categoria (os demais são proprietários), além de ser desenvolvido pela Cisco e integrado aos seus produtos e serviços. E se porventura você for um usuário do Windows, também há uma versão para esta plataforma, chamada ClanWIN.

Além dos tradicionais vírus de computador, também temos que levar em consideração outros tipos de malware. Para os spywares, os antivírus em geral dão conta do recado; porém, se porventura desejarem obter uma solução mais direcionada, eis o Nixory! Ele é um anti-spyware otimizado para remover malwares e outros códigos maliciosos mantidos em cookies, que por sua vez são armazenados pelos navegadores WEB, ao acessarmos determinados sites. Então, se porventura estivermos desconfiado de que o navegador está se comportando de um jeito estranho por acessar determinados sites de entretenimento…

Por fim, ainda temos os rootkits! Estes, são malwares projetados para permitir o acesso privilegiado ao computadores e seus programas (daí o termo “root” = superusuário e “kit” = ferramentas de softwares) e ocultarem os seus rastros, se passando por desapercebidos pelas ferramentas anti-malware disponíveis. Para combater os rootkits, faz-se necessário o uso de anti-rootkits e para sistemas baseados em Linux, temos o AIDE, Chkrootkit, Lynis e RkHunter, todos softwares livres. Por serem softwares mais sofisticados (e cada um deles com as suas características e particularidades), eles precisam ser minuciosamete estudados antes, para serem usados corretamente.

Então, ainda querem usar o Linux sem antivírus? &;-D