Motorola RAZR D1: o segundo melhor celular compacto que já tive!

Há quase 10 anos, o mercado de dispositivos móveis (tablets & smartphones) até que não era tão diferente naquela época, se comparado com os dias de hoje. Naquela época, os smartphones de tela pequena eram bem mais numerosos, embora os modelos com telas maiores (qualquer coisa acima de 5″) aos poucos foram se popularizando. Dentre os modelos disponíveis, uma deles me encantou bastante, a ponto de me tornar um grande fã da marca: o Motorola RAZR D1

Voltado para o mercado de entrada e com especificações bem modestas (mesmo para a sua época) como a tela LCD de 3.5″ (de acrílico e com resolução de 480×320), o SoC ARM Cortex-A9 (single-core, 1 GHz), apenas 1 GB de memória RAM e míseros 4 GB de armazenamento, este aparelhinho dava conta do recado para as atividades triviais como ligações telefônicas, mensagens instantâneas, fotografias casuais e execução de aplicativos & jogos leves em geral. Apesar de não tão bonito e sofisticado quanto os iPhones, o seu baixo custo compensou a sua “feiúra” e assim, se tornou um dos dispositivos mais vendidos de sua categoria!

Para muitos, um simples smartphone de entrada seria basicamente um aparelho para usar no dia-a-dia, além de submetê-lo a duras condições de uso e manuseio, com quedas constantes, exposição a condições insalubres e outros (maus) tratamentos do gênero, enquanto ele durasse (alguns usuários nem sequer gostam de exibir tais aparelhos)! Porém, esta classe de dispositivos possuem o seu charme e para muitos usuários, acabavam se tornando o seu “xodó” no dia-a-dia, pois além de atender as suas necessidades básicas, também possuíam algumas qualidades.

No caso do RAZR D1, ele foi um aparelho especial para mim (e certamente para muitos outros usuários) devido a boa durabilidade de sua bateria (algo raro para esta categoria de dispositivos) e a qualidade da câmera fotográfica, embora tivesse uma resolução de apenas 5 megapixels e sem suporte para flash (nem sequer um mero LED). No entanto, o suporte para a tecnologia HDR (High Dynamic Range) e a utilização de um sensor BSI (Back Side Illumination) compensavam as suas limitações, proporcionando fotografias com qualidade “acima da média”!

Em relação a capacidade de processamento e armazenamento, de fato o RAZR D1 também era bem modesto neste quesito. Ainda assim, ele era potente o suficiente para rodar o sistema operacional Android (versão 4.1, atualizado posteriormente para o 4.4), além das aplicações básicas (Facebook, WhatsApp, etc) e até mesmo alguns jogos ocasionais (joguei muito o Angry Birds nele, mesmo com o tamanho diminuto da tela). Por fim, o suporte para cartões microSD conferia-lhe a capacidade de guardar conteúdos, sem sobrecarregar o armazenamento principal.

Então, porquê me lembrei dele? Simples: estou obtendo excelentes experiências com o iPhone SE (2016), que apesar de ser um smartphone não tão acessível e dotado de uma qualidade de construção superior, basicamente lembra o RAZR D1 em muitos aspectos, especialmente em relação ao tamanho compacto, a boa usabilidade e a qualidade da câmera! Por isto, pergunto: mesmo com o “fascínio” dos usuários pelos aparelhos com telas grandes e os recentes fracassos dos iPhones Minis, será que o mercado ainda teria espaço para esta classe de dispositivos?

Talvez, este seja o momento perfeito para apostar neles! Senão… &;-D