Há alguns anos (não tantos assim), fiz uma coluna sobre duas belas cantoras da nova geração, que além de trazerem um pouco da boa música que conhecemos, também resgataram valores e culturas que até antes, eram dadas como “perdidas” nestes novos tempos em que o gosto e a preferência musical, “desceram ladeira abaixo”! Para aqueles que ainda não conhecem Sabrina Cláudio e Esperanza Spalding (especialmente esta última), não deixem de aproveitar a oportunidade…
De lá para cá, passei a acompanhar as rádios e os canais que promovessem artistas não tão conhecidos, mas que também produziam a boa música que tanto desejamos curtir (mas que também não precisa ser algo de “outro mundo”)! A partir de então, nomes interessantes como James Morrison, Sophie Ellis Bextor e Teresa Bergman, passaram a ficar registrados em meu favoritos, sem contar ainda de uma série de outras composições interessantes, apesar dos seus criadores ainda não estarem incluídos no “hall dos meus artistas preferidos”! Quem sabe, um dia? 🙂
O primeiro deles é um “velho” conhecido da mídia, embora não seja tão popular quanto as “lendas” do Hip-Hop: eis, James Morrison! O músico e guitarrista inglês (nascido em Rugby, no condado de Warwickshire) chamou bastante a atenção, ao lançar a música “You give me something“ e o grande sucesso “Broken strings“ (com Nelly Furtado). Embora o tenha ignorado inicialmente, este cantor me impressionou em virtude de saber usar a sua voz rouca (que para muitos, deixa a desejar pela “falta de afinação”) e excelente interpretação. Outras músicas boas, como “Man in the mirror“ (canção de Michael Jackson) também merecem ser mencionadas!
A seguir, temos a bela Sophie Ellis Bextor, que também é compositora, modelo, instrumentista e DJ. A inglesa nascida em Hounslow (um grande subúrbio de Londres) se destacou pelas suas composições voltadas para o estilo POP/rock, indie e alternativo, com misturas de dance, disco e música eletrônica, além de ser dotada uma incrível voz (classificada como soprano). Dentre as músicas que mais gostei, estão “Come with us“, “Me and my imagination“ e “Groovejet“, além de outras excelentes faixas lançadas ao longo dos anos. Durante o isolamento social causado pela COVID, ela promoveu uma recompilação de seus grandes sucessos, destacando-se o cover da música “Like a prayer“, que foi um grande sucesso de Madonna.
Por fim, também “descobri” Teresa Bergman! Diferente dos demais citados, esta cantora é neo-zelandeza (nascida na cidade de Lower Hutt, a qual faz parte da região de Wellington) e se destaca tanto pela sua bela “voz cristalina”, quanto pelas excelentes composições românticas, as quais possuem bastante influências do indie, POP, soul e (especialmente) jazz. Embora tenha lançado apenas dois discos (“Bird of a Feather” em 2014 e “Apart” em 2019), ambos são recheados de canções maravilhosas, destacando-se “33, single & broke“, além de “Aaron“, “Checkout tears“, “So many men“ e “Swallow“. Não deixem de dar uma conferida!
Para mim, estes últimos anos (para não dizer décadas) estão sendo “diferentes”, pelo fato dos grandes músicos aos poucos estarem “sumindo”! Muitos deles já passaram dos 60 (e alguns até já faleceram). Apesar deles ainda estarem na ativa, já não possuem a mesma energia e vitalidade de antes: Phil Collins, Stevie Wonder, Mick Hucknall (Simply Red), Djavan, Gloria Estefan e Sade são belos exemplos. O pior é que não estamos com “reposição à altura” e por isto, em alguns anos estes nomes apenas serão lembrados como “mitos de um passado não muito distante”.
Culpa desta infame indústria da música ou… é melhor ficar quieto… &;-D