Não tem mais jeito: novas GPUs high-end da nVidia se tornaram memês!

Há MUITO tempo, venho questionando alguns aspectos relacionados a evolução das placas de vídeo, deixando claro as minhas preocupações em relação ao aumento do consumo, do tamanho do PCB e principalmente, do custo de aquisição. Na minha opinião, eles chegaram a um ponto em que a excessão da performance, o aumento das demais variáveis poderiam trazer problemas tanto técnicos quanto práticos, para os montadores de PCs para jogos! E não deu outra: a nVidia agora está com um belo “pepino nas mãos”, em relação a sua recente linha de placas de vídeo…

Enquanto que a AMD sempre se destacou por trazer produtos mais equilibrados em um contexto geral (performance, consumo e custos), a nVidia sempre buscou estar no topo no que se refere a performance bruta, conferindo as suas GPUs uma capacidade de processamento incomparável, se comparadas com as demais opções no mercado (que para variar, não são muitas). Para se ter uma idéia do quanto elas são poderosas, as novíssimas GPUs da série Geforce 4090 são as primeiras unidades gráficas a ultrapassarem a casa dos 100 TFLOPS! Porém, a empresa está pagando um preço muito alto, para manter o título de “placas mais poderosas do mercado”!

A começar pelo tamanho do chip, ele possui uma área com incríveis 608 mm², tornando-o um dos maiores já fabricado até o momento. Em virtude do tamanho da peça de silício, ele consegue comportar algo em torno de 76,3 milhões de transistores, além de rodar sob uma frequência de até 2,625 MHz. Por fim, o seu consumo estimado é algo em torno de 450 Watts, mesmo apesar de utilizar uma litografia de apenas 4nm (que por sua vez, consome menos energia). Irônicamente, este chip é um pouco menor que a geração anterior, que por sua vez possui 628 mm² e apenas 28,3 milhões de transistores, sob uma litografia de 8nm.

Devido a potência de cálculo e o alto consumo de energia, as placas de vídeo Founders Edition (modelos de referência da nVidia) terão um PCB de 304mm de comprimento, 137mm de largura e 61mm de altura, ocupando um espaço no gabinete que corresponde a 3 slots PCI-Express! Porém, como cada fabricante pode decidir adotar um carcaça diferente, ela pode chegar a incríveis 360mm de comprimento, como é o caso da linha Aorus Master (Gigabyte). Tão grandes, que certamente exigirão gabinetes grandes e largos para a sua acomodação, além de utilizarem várias ventoínhas para garantir a sua refrigeração.

A nVidia recomenda fontes de alimentação com pelo menos 850 Watts de potência, para dar conta desta placa de vídeo e dos demais componentes do sistema. E se não bastasse a necessidade de adquirir um componente desta magnitude, ela também requer a utilização dos novos conectores de 16 pinos 12VHPWR, para atender as demandas energéticas e alimentar a placa de vídeo. O problema é que o conector em questão possui terminais menor que a geração anterior e possui falhas de design em relação a construção do cabo de alimentação, tornando-os passíveis de sobreaquecimento caso sejam instalados em posição inadequada.

Resumindo: esse é o maior BAGULHO que já vi em toda a minha vida, superando até mesmo as antigas Voodoo 5 6000 (que foram fabricadas pela 3dfx, mas sequer foram lançadas)! Grandes, caras, esquentadas, exigentes e o pior de tudo, com falhas de design que as tornam suscetiveis a sérios danos, comprometendo todo o investimento feito para dispor de um PC gamer de última geração! Tão ruins, que recentemente se tornaram temas de memês que circulam por aí na Internet (uma pesquisa de imagens com os termos “nVidia”, “4090” e “memê”, vai lhe mostrar um monte de ocorrências).

E nem vou comentar sobre o valor final do produto: US$ 1,590.00… &;-D