Há algum tempo, tenho visto uma série de notícias relacionadas ao Nothing Phone, o novo smartphone desenvolvido pela empresa Nothing Intl. Apesar da grande atenção da mídia e das declarações da empresa que promete um produto revolucionário, na prática ele não passa de um aparelho como outro qualquer, se analisarmos com calma as suas especificações técnicas: SoC Qualcomm Snapdragon 778G+, 8 a 12 GB de memória RAM e 128 a 256 GB de armazenamento! Inclusive, muitos nem o consideram um produto top de linha, já que o seu hardware é praticamente equivalente a um bom smartphone intermediário…
Então, o que há de tão especial neste novo aparelho? Carl Pei (criador e ex-CEO da OnePlus) já havia deixado claro de que a grande pretenção é torná-lo um produto icônico para o ecossistema do Android, tal como é o iPhone para o iOS (dispositivo o qual inclusive, nele se inspira). Confesso que ele até “mandou bem” em suas pretenções, já que a grande maioria dos fabricantes não investem no design e no marketing, tal como a Apple faz. Por isto, ele adota um visual diferenciado, com destaque para a sua carcaça dotada de uma traseira transparente, além de um bom acabamento geral. E as inovações não para por aí…
Dentre os grandes atrativos, as câmeras fotográficas também receberão uma atenção especial, já que a empresa promete entregar o que há de melhor em termos tecnológicos! Os aparelhos virão com duas câmeras dotadas de sensores de 50 megapixels, com abertura de f=1.8, estabilização de imagem e suporte para a tecnologia HDR+, além de utilizar a iluminação do próprio anel Glyph para as fotografias que necessitam de uma luz suave, sem causar os impactos negativos dos tradicionais flashes que já conhecemos. Por fim, de nada adianta tirar boas fotos, se não houver uma bela tela LCD OLED de 6.55″ e com suporte para o HDR10+, para visualizar os trabalhos artísticos feitos pelo usuário!
Além do design incomum, a empresa também promete entregar uma experiência suave e agradável, através do seu sistema operacional Nothing OS. Este é basicamente uma edição customizada do Android, entregando uma nova interface chamada Glyph, além de eliminar os terríveis softwares extras que vêm instalados sem o consentimento do usuário (e que não são possíveis de desinstalar, já que são integrados a imagem do sistema operacional). O novo sistema também promove uma integração maior com as aplicações de terceiros, sem afetar o design e a usabilidade de sua interface personalizada.
Por fim, também não poderíamos deixar de lado a sua “pegada ecológica”, tão importante (e midiática) nestes novos tempos! Segundo a empresa, todos os seus smartphones são fabricados utilizando em sua construção 100% de alumínio reciclado, além de +50% de plástico utilizado ser proveniente de fontes de base biológica (biodegradáveis), os quais também são reciclados (assim como a sua embalagem de fibra). Tudo isto para reduzir o impacto ecológico destes produtos da natureza, contribuindo para um mundo melhor e mais verde.
Pelo visto, só mesmo colocando as mãos em uma destas unidades, para conferir se elas realmentem cumprem o que promete. Inclusive, se eu pudesse dar um recado para Carl Pei, seria este: mantenha o sistema atualizado por um período de pelo menos 5 anos ou pelo menos, entregue +3 grandes atualizações para as novas versões do Android, contando somente a partir aquela já pré-instalada no sistema! Pois este é (na minha opinião) o grande diferencial da Apple e se a empresa conseguir fazer isso, EU MESMO poderei ser um a adquirir uma destas unidades!
Especialmente se lançarem modelos com telas de 5″… &;-D