Se há uma coisa que não consigo entender é esta fixação que tanto os consumidores quanto os fabricantes, tem por altíssimas resoluções. Hoje em dia, já temos smartphones dotados de resoluções Full-HD e Quad-HD (1920×1080 e 2560×1440), além de monitores dotados de 4K (3840×2160). Mas agora, parece que a próxima “vítima” desta tara serão os consoles de vídeo-games…
A questão é que, independente da combinação entre a diagonal da TV (acima de 42″) e a distância da tela para o expectador (acima de 3m), fica difícil notar os serrilhados e pixelados gerados por uma imagem Full-HD. Portanto, qualquer aumento na resolução de imagem irá gerar apenas ganhos incrementais na percepção do usuário quanto à definição de imagem. E olha que estou partindo do ponto de vista de que as pessoas enxergam bem!
A matemática é bem simples: um console de vídeogame capaz de gerar imagens em Full-HD precisará de até 4 vezes o seu poder de processamento, para gerar imagens na definição 4K, para apenas ter uma “leve melhora” na definição de imagem, apenas para exibir gráficos com a mesma qualidade e taxas de atualização. Este poder extra de processamento não poderia ser utilizado em algo mais interessante, como novas tecnologias para a renderização de imagem, efeitos de luz, física de partículas e até mesmo inteligência artificial?
Fazer o quê, se o que “dita” as tendências tecnológicas é a lei do consumo, onde os números absolutos importam mais do que a suas relações com o mundo real? Na área dos dispositivos móveis, felizmente alguns fabricantes “tomaram jeito” e resolveram “limitar” a resolução de seus dispositivos para “apenas” 12MP, concentrando-se em melhorias na tecnologia. Já na área dos consoles, algo me diz que a Sony e a Microsoft literalmente vão “quebrar a cara”!
Vai ver, o burro sou eu… &;-D