Eis, uma grande possibilidade, dado os problemas relacionados a escassez mundial de chips e a provável tendência dos preços de produtos eletrônicos aumentarem (especialmente de processadores e placas de vídeo)! Assim, não faria muito sentido realizar a troca ou a atualização do computador pessoal, sendo mais vantajoso manter os equipamentos atuais por algum tempo até a situação se normalizar. E quanto mais velho for um equipamento, maiores são as possibilidades deles apresentarem problemas e necessitarem de manutenção!
A Intel, a AMD e a nVidia já declararam que estão com dificuldades de atender a demanda do mercado e relação aos seus produtos. No caso desta última, ela até chegou ao ponto de disponibilizar uma GPU lançada há quase 5 anos (e sem baixar o preço, para variar). Já em relação a produção de novos SoCs, CPUs e GPUs, a TSMC já deixou claro que pretende investir em novas fábricas para aumentar a sua produção, bem como acelerar as pesquisas necessárias para a litografia dos seus chips e assim, otimizar toda a cadeia de produção.
Atualmente, um bom equipamento poderá apresentar poder computacional suficiente para atender as demandas dos usuários por +5 anos. As CPUs já atingiram um estágio de amadurecimento tal, que praticamente colocaram em cheque a existência Lei de Moore (para muitos, ela está com os dias contados). A diferença de performance entre as gerações de processadores diminuiu e os ganhos passaram a ser apenas incrementais, tornando as gerações mais antigas ainda viáveis para serem utilizadas, mesmo com os softwares mais recentes. Por fim, também não teremos mais as “novas” versões do sistema operacional Windows, que antigamente exigia mais hardware a cada novo lançamento (desde o Windows Vista, os requisitos não mudaram muito).
Até então, um equipamento era trocado a cada 4 ou 5 anos, que por sua vez já se tornava defasado antes mesmo dele chegar ao fim de sua vida útil (que em média é de algo em torno de 5 anos). Ao fim da vida útil, os componentes eletrônicos começam a apresentar sinais de desgastes (especialmente os capacitores eletrolíticos), além da exposição a altas temperaturas e umidade que também contribuem para a sua deterioração, bem como o acúmulo de detritos em slots e conexões, gerando problemas de mal-contato e curtos-circuitos. Por fim, a maioria dos usuários sequer sabem cuidar dos seus equipamentos, levando-os para a manutenção somente quando algo deixa de funcionar!
Por outro lado, a tendência será dos equipamentos durarem mais, ao menos em relação à placa-mãe: fabricantes consagrados como a Gigabyte e a MSI lançaram iniciativas como a linha Ultra-Durable e a classificação Military, as quais definem critérios para a fabricação de bons produtos, com destaque para a inclusão de componentes eletrônicos de alta qualidade (capacitores em estado sólido, bobinas de ferrite, PCB com mais densidade de cobre, etc), além de oferecerem proteção contra a umidade, a eletrostática e a altas temperaturas e claro, serem testadas sob rigorosos testes de durabilidade. Graças a estes componentes, um bom PC desktop pode durar +5 anos perfeitamente!
Pois o meu próximo PC desktop será projetado para durar até 10 anos… &;-D