Algumas vezes, os estudantes para os quais leciono, fazem a atualização de um sistema Linux (Debian, de stable para testing) e me perguntam o que cada um dos pacotes sugeridos na atualização faz no sistema. No geral, conheço uma boa parte dos pacotes; quanto aos demais, demonstro para eles como utilizar a ferramenta apt-cache para exibir as informações sobre eles. E em geral, eles ficam bastante impressionados por eu saber todas aquelas informações “de cabeça”…
Pessoalmente, prefiro fazer a atualização manual do sistema (rodando um script chamado update.sh) e quando novos pacotes são sugeridos, seleciono 2 ou 3 deles que desconheço e faço uma pesquisa rápida no Google, o qual geralmente me direciona para o site do Debian Wiki ou o Wikipedia. Assim, aos poucos vou aprendendo mais sobre o sistema e ao mesmo tempo vou otimizando a instalação, removendo pacotes que para mim são desnecessários ou inúteis.
Não raro, quando o pacote em questão é relacionado a um software, uma tecnologia ou um protocolo interessante, aproveito a oportunidade para fazer algumas pesquisas extras. Eis, algo que faço por costume por anos e não me dei conta do quanto útil poderia ser! Com isso, conheço mais à fundo a arquitetura de um sistema Linux, ganhando bastante conhecimento técnico e prático (pois muitas otimizações posso fazer por conhecer os pacotes pré-instalados)!
Este hábito iniciou-se nos tempos em que era dono de um Netbook Asus EeePC 900HD (2009 a 2014), o qual optei por trocar o seu HD por um SSD de apenas 40 GB. Dispondo de um equipamento de pouca capacidade de processamento, armazenamento e rede (pois uso as redes móveis como acesso principal a Internet), uma das maneiras de otimizar o sistema foi justamente realizando uma instalação enxuta, baseada no Xfce e com apenas os pacotes essenciais para mim.
Foi-se o netbook, mas os hábitos continuam… &;-D