Há tempos, desejo adquirir uma pequena placa computacional, baseada no Raspberry Pi. Porém, as edições mais antigas eram bastante limitadas em termos de recursos de hardware, apesar do preço (relativamente) acessível. Por isto, venho aguardando os próximos lançamentos para decidir se valem à pena, ou ao menos considerar as edições mais antigas com valores reduzido…
Mesmo assim, as suas especificações técnicas se tornaram mais interessantes a partir da 3a. versão do Raspberry e, embora não sejam capazes de rodar um ambiente desktop completo e funcional, ao menos oferece mais liberdade de criação! Por exemplo, o modelo 3B (sem o plus) me oferece uma CPU quad-core ARM Cortex-A53 de 1.2 GHz (menos potente e com ênfase em baixo consumo), 1 GB de memória RAM, conexões Ethernet de 100 Mbps e Wi-Fi na faixa de 2.4 GHz, tornando-se suficiente para rodar um servidor Linux com alguns serviços de redes.
Mas infelizmente, além de custarem caro no mercado nacional (+300 reais), elas também não possuem armazenamento integrado e pessoalmente, não confio muito em cartões micro-SD (pois são otimizados apenas para gravações ocasionais). Obviamente, passei a buscar por alternativas e até cheguei a adquirir uma placa da Orange Pi PC (paguei menos de R$ 250,00 na época), mas além do baixo desempenho (já que o SoC possui uma CPU quad-core baseado no antigo ARM Cortex-A7), o dispositivo durou poucos dias comigo, vindo a apresentar defeitos.
Também considerei opções com CPUs x86, como é o caso da Rock Pi X (Intel Atom Z8350 a 1.44 GHz e até 4 GB de memória RAM), mas não só se mostrou inviável por causa do custo, como também não era fácil de encontrar no mercado. Por fim, também cheguei a conclusão de que apesar de ter opções alternativas interessantes no mercado, elas em geral não são tão difundidas e bem suportadas, se comparadas as plaquinhas Raspberry Pi (apesar de muitas placas serem construídas, visando a compatibilidade com estas últimas).
Então, o que esperar das próximas edições das placas Raspberry Pi?
Torço para que elas tenham um SoC mais poderoso, que não só ofereça uma CPU baseada no design big.LITTLE, mas que também inclua a tão badalada CPU de alto desempenho ARM Cortex-X1! Quanto a GPU, também espero que ela tire de cena as modestas VideoCore, para entregar as poderosas GPUs Mali (mesmo sabendo que estas últimas aumentarão o consumo energético e necessitarão de dissipadores mais eficientes). Por fim, também espero que elas venha de fábrica com uma unidade de armazenamento integrada, baseada na tecnologia eMMC.
Embora improvável, também torço para que sejam lançadas edições premium (com mais memória RAM e capacidade de armazenamento, além de outros recursos adicionais), capazes de inicializar o Windows 11, novo sistema operacional da Microsoft. Assim nos possibilitaria acompanhar a evolução das aplicações rodando nesta plataforma, seja através de binários nativos (compilados para a arquitetura ARM) ou através de emulação (x86 para ARM). Inclusive, elas também se tornariam excelentes ferramentas de testes para dispositivos móveis!
E claro, mais acessórios interessantes para acompanhar… &;-D