Imaginem o seguinte cenário: um usuário deseja montar um novo PC para rodar os jogos modernos, mas ao invés de gastar uma fortuna desnecessária ou economizar sem critérios, as suas escolhas serão feitas com o objetivo de maximizar os benefícios, a mesmo tempo em que irá minimizar os custos. Para isto, ele deverá ter que se decidir por uma das principais categorias de placas de vídeo e suas respectivas resoluções suportadas: entry-level (para 720p), mainstream (para 1080p) e high-end (para 1440p ou 2160p)…
Se muitos ignoram as placas de vídeos dotadas de GPUs de entrada, recomendo revisarem os seus conceitos! Embora elas se limitem a entregar uma performance suficiente apenas para garantir uma boa taxa de quadros (em detrimento da resolução e qualidade gráfica), muitos modelos possuem especificações técnicas interessantes e não raro, oferecem uma performance até mesmo próxima a algumas placas intermediárias. Avaliar os seus atributos (GPUs, barramento, memórias, etc) será fundamental para adquirir um bom produto. No entanto, será muito difícil encontrarmos bons monitores dotados de resoluções modestas (720p)
Já em relação as placas de vídeo dotadas de GPUs intermediárias, em teoria elas teriam o melhor dos dois mundos, se respeitarmos as suas limitações e optarmos por modelos que contam com especificações técnicas razoáveis. Em geral, elas trabalham bem na resolução Full-HD (1080p) e conseguem manter uma boa taxa de quadros, apesar de sacrificarem na qualidade gráfica (muitas delas nem sequer conseguem manter a estabilidade com o Ray-Tracing ativado). Mas infelizmente, (na minha opinião) elas deixam a desejar no preço, especialmente se levarmos em consideração que consoles acessíveis (como o Xbox Series S) estão mais em conta.
Por fim, muitos podem julgar que as placas de vídeo dotada de GPUs avançadas seriam as menos recomendadas, se levarmos em consideração os altíssimos valores pelos quais elas são comercializadas. Só que não: além de possibilitar o seu uso por mais tempo (especialmente em definições modestas), existem sub-modelos que apesar de serem classificados como avançadas, possuem preços mais em conta e entregam uma performance até mesmo comparável com as mais potentes do mercado! Ainda assim, os seus preços não são muito lá “convidativos”…
Como vocês podem ver, qualquer uma das três categorias poderão entregar uma boa relação de custo vs benefícios, se as escolhas em relação ao modelo e suas especificações técnicas forem bem feitas (além do preço em questão). Então, como definir a categoria ideal, além de considerar as preferências de cada usuário? Por incrível que pareça, o fator que irá decidir pela melhor relação custo vs benefício das placas de vídeo é (que rufem os tambores)… o monitor!
De início, NÃO existe monitor para jogos com definição padrão de 720p e os modelos de entrada disponíveis deixam a desejar em relação alguns atributos, como a qualidade de imagem, taxa de frequência e o tempo de resposta. Já para a definição de 1080p, a situação é bem diferente: não só temos um grande leque de opções, como também são bem mais acessíveis, se comparados com os modelos que suportam definições como 1440p e 2160p. Por fim, os monitores de 1080p são os únicos modelos que podem ser utilizados pelas três categorias de GPUs.
Voltando ao tema da coluna: qual seria a categoria de placa de vídeo ideal? Na minha opinião, as placas de vídeo intermediárias são perfeitas não só por terem sido projetadas para funcionar nesta categoria de monitor, como também o próprio periférico de saída possui uma grande influência para a sua escolha, pois não será necessário trocá-lo, caso venhamos a optar por outras categorias de placa de vídeo. Analisando aos extremos, uma GPU high-end estaria sendo sub-utilizada em monitores básicos com apenas 720p de definição, ao passo que as demais categorias de GPUs não trabalhariam bem com monitores de 1440p e 2160p.
Mas se vão dar conta de Crysis (remasterizado), já são outros 500… &;-D