… mini-computadores com o perfil Raspberry Pi? Desde que a sua Fundação lançou as suas primeiras plaquinhas eletrônicas dotadas de um SoC ARM e com todos os componentes integrados, elas fizeram um sucesso tão grande, que não só popularizou (e padronizou) o formato, como também definiram toda uma nova classe de dispositivos! Por isto, outros fabricantes também desenvolveram, produziram e lançaram as suas respectivas placas computacionais, baseadas neste novo formato: ASUS (Tinker Board), Banana Pi, ClockworkPi, NanoPi, Odroid, Orange Pi, RockPi e nVidia (Jetson), entre muitos outros…
Advinhem o que todas elas possuem em comum? Um sistema operacional baseado em GNU/Linux (geralmente derivado do Debian) e otimizado para funcionar excluivamente para elas (embora também sejam suportados pelo Android e em alguns casos, pelo Windows)! Porém, estes sistemas são construídos de forma independente e por isto, acabam influenciando bastante na performance geral destes mini-coputadores. Uma coisa é utilizar como base, uma distribuição poderosa e estável como o Debian; outra bem distinta é dispor de uma pequena equipe de desenvolvedores, para adaptá-la com perfeição para o hardware dedicado! Por isto, muitas vezes estes sistemas acabam se mostrando instáveis e imcompletos, além de terem softwares defasados e com falhas de segurança.
Um deles é o Raspberry Pi OS (antigo Raspbian), o sistema operacional GNU/Linux voltado para os mini-computadores da Fundação. Na minha opinião, este seria um candidato perfeito para ser utilizado como sistema-base, para a criação de uma distribuição universal e voltada para todos os mini-computadores, baseados neste formato! De início, bastaria apenas adicionar o suporte para o hardware das demais placas existentes no mercado. A seguir, os seus fabricantes poderiam concentrar os esforços necessários, para agregar recursos, funcionalidades e melhorias, para a evolução deste sistema (ao invés de simplesmente “reinventar a roda”). Quem sabe, promover até mesmo o desenvolvimento de uma nova interface gráfica, totalmente adaptada para estes dispositivos?
Outra opção interessante a ser considerada é o Ubuntu Core, um sistema derivado de sua distribuição principal, que também foi criada pela Canonical e é voltada exclusivamente para dispositivos embarcados e IoT (Internet of Things). Apesar dela funcionar bem com as placas Raspberry Pi (assim como também oferece suporte para outras placas), este sistema não é exatamente uma distribuição universal, devido a sua ênfase em atender as necessides dos usuários, para o uso em aplicações industriais e com o foco na segurança em mente. De qualquer forma, também seria uma excelente escolha para ser o ponto de partida, para a criação de uma distribuição universal para estes dispositivos!
Pessoalmente, acredito que este seria o momento ideal para isto. Dispor de um sistema designado para rodar nestas placas e voltado para o uso geral, seria fundamental não só para popularizá-los ainda mais, como também auxiliar no desenvolvimento de outros equipamentos com base nestes hardwares. Por exemplo, elas poderiam ser embutidas diretamente em teclados ou monitores, para oferecer um PC desktop completo e funcional, concebidos para a execução de tarefas básicas (navegação na Internet, edição de documentos de escritório, reprodução de vídeos, etc). Ou ainda, os futuros notebooks poderiam ser mais flexíveis, promovendo a sua atualização através da troca de uma única plaquinha!
Senão, o Windows vai passar o Tux para trás… &;-D