… eles deveriam ter os mesmos IGPs que os processadores intermediários e avançados? Vou mais além: acredito que os IGPs deveriam ser projetados de acordo com o segmento em que os equipamentos (estações de trabalho, portáteis & ultra-portáteis, tablets e outros dispositivos móveis) serão utilizados! Inclusive, o consumo de energia (TDP) deveria ser o principal critério para a adoção de IGPs com mais ou menos núcleos computacionais e não a categoria para qual, a unidade de processamento (CPU) foi projetada…
Em geral, a autonomia das estações de trabalho não são afetadas pelo consumo de energia, em vista de estarem conectadas diretamente na rede elétrica e não dependerem das baterias. Então, independente de ser um Intel Core i3, i5, i7 ou i9, acredito que o IGP deveria proporcionar a máxima performance possível. Esta abordagem seria vantajosa especialmente para as unidades de entrada, pois elas seriam beneficiadas por dispor de uma performance gráfica próxima a uma placa de vídeo de entrada e assim, se tornar uma excelente opção para a execução de jogos ocasionais. Já as unidades intermediárias e avançadas, a lógica poderia ser até inversa: contar com IGPs mais básicos, pois geralmente os usuários optam por utilizar placas de vídeo dedicadas ao invés de contar com os seus IGPs!
Já os portáteis, ultra-portáteis e tablets, a lógica de oferecer um mesmo IGP para diferentes classes de processadores, também continua valendo! Mas como havia dito anteriormente, o TDP destas unidades exerceria uma enorme influência na quantidade de núcleos computacionais, em vista do teto pré-estabelecido para o consumo máximo dos seus SoCs (geralmente limitados a 35, 15 e 6 Watts, respectivamente). A excessão ficaria por conta dos dispositivos designados para a execução de jogos (como é o caso dos notebooks para gamers e consoles portáteis), os quais também seriam beneficiados por IGPs mais poderosos.
Também já considerei o contrário: utilizar exclusivamente IGPs simples, dotados dos recursos computacionais essenciais somente para prover os serviços que são necessários para os usuários, como as saídas de vídeo para a reprodução de imagem em um simples monitor, além da aceleração gráfica para as aplicações que tiram proveito delas (exceto os jogos). No entanto, essa abordagem deixaria a desejar em diversos aspectos, pois mesmo que estes sistemas não sejam utilizados para executar aplicações gráficas, muitos recursos e funcionalidades providas pelos sistemas operacionais, aplicativos e serviços, requerem o uso dos IGPs para a execução de cálculos mais complexos (aceleração via hardware).
Esta nova abordagem exerceria profundas mudanças no mercado de computadores, afetando principalmente as placas de vídeo de entrada (que na minha opinião, há tempos se tornaram descartáveis). Se antes, elas já não eram tão desejadas pelos gamers (que raramente optam por adquirir produtos com GPUs de entrada, preferindo as intermediárias e avançadas), com a “padronização” dos IGPs para a mais alta performance possível (dentro dos seus limites), elas se tornariam praticamente inúteis, além de entregarem uma relação de custo vs benefício bem abaixo, se comparado com as CPUs de entrada com IGPs poderosos.
Quem sabe um dia, os IGPs deixem de ser “meros coadjuvantes”… &;-D