Qual será a profissão dos seus filhos? Se eles ainda não decidiram…

… em qual área de atuação eles irão se formar, não se preocupem: em algum momento, eles irão fazer as suas escolhas com base em suas preferências e vocações! Mas infelizmente, muitos pais acabam comprometendo o desenvolvimento profissional dos seus filhos, ao “incentivarem” a seguir determinadas áreas que eles “acreditam” ser as ideais sob vários aspectos: retorno financeiro (como se o dinheiro fosse a coisa mais importante do mundo), satisfação pessoal (mais dos pais do que dos próprios filhos), reconhecimentos (ou apenas puro orgulho), entre outras motivações que não vão de encontro aos interesses dos próprios filhos…

Na prática, as decisões tomadas sob a “influência” dos pais (para não dizer imposição) acabam trazendo uma série de prejuízos tanto para a vida dos filhos, tanto profissional quanto pessoal! Além deles se darem conta de que a formação adquirida não era exatamente aquilo que eles queriam, as decepções e as frustrações decorrentes das escolhas indevidas também acabam minando as relações familiares. Infelizmente, me considero um bom exemplo disso, embora com algumas particularidades. Na minha juventude, fiz parte de um processo seletivo para um programa designado a menores aprendizes, sendo bancado por uma grande empresa. Na época, fiz um curso voltado para a área de Metalurgia e a oportunidade em questão foi dada para mim no auge dos meus 15 anos, em vista de ser um adolescente “inteligente, curioso e que não parava quieto”.

No início, até confesso que gostei de atuar nesta área, fazendo um estágio de 10 meses e tempos depois, passei a trabalhar como profissional: 5 anos como caldeireiro e 5 anos como almoxarife de ferramentas, em empresas de grande porte. Durante este período, dei continuidade na minha formação técnica, ao me graduar em Técnico de Mecânica (ETERJ) e fazer outros pequenos cursos de especialização e aperfeiçoamento (desenho técnico, manutenção mecânica, soldagem, etc). Também fiz um curso de Informática em uma instituição local (que já não existe mais) e este último não só me possibilitou desenvolver as competências e habilidades necessárias para lidar com os computadores na época, como também foi o responsável pela descoberta da minha real vocação: trabalhar com computadores!

Tempos depois, fui obrigado a tomar a difícil decisão de abandonar a área de Metalurgia (e “jogar fora” todos os esforços dedicados para esta formação), para ingressar na área de Tecnologia da Informação, além de ter começado “tarde” (com +25 anos) o que me impossibilitou de alcançar níveis técnicos mais avançado. Tudo isto, porque meus pais “acharam” que era melhor arrumar uma ocupação para mim, já que não tinham tempo para lidar com um garoto que estava saindo da pré-adolescência. Embora já tenha uma formação consolidada e boas experiências (tanto na atuação em campo, quanto como instrutor), acredito que eu poderia ter alcançado conquistas maiores, se eu tivesse um melhor acompanhamento e desde cedo, investido na profissão pela qual possuo um grande interesse.

Com base nestas experiências pessoais e inspirado pelos pais de estudantes que de vez em quando, me consultam para obter informações sobre seguir uma carreira profissional na área de TI, respondo: deixem eles decidirem! Ainda que eles não tenham alguma preferência ou inclinação (mesmo já com uma “certa idade”), forçá-los a seguir um determinado caminho baseado em suas crenças pessoais (por mais bem intencionados que estejam), poderá causar uma série de problemas, conforme os já relatados aqui. Então, o que fazer? Se por um lado, não podemos “orientá-los” na definição de suas carreiras profissionais, por outro poderemos dar acesso a ferramentas para dar suporte para as escolhas que irão fazer, como palestras, workshops, entrevistas, degustações e outras ações do gênero!

Enquanto isso, os pais poderão promover as habilidades universais que são essenciais para quaisquer profissionais, independentes das áreas de atuação. Nos dias de hoje, é fundamental saber usar um computador e os recursos que eles oferecem, além de promover a máxima eficiência, produtividade e segurança. O mesmo se dá para o domínio de um novo idioma, embora a sua importância possa variar de acordo com a profissão que (futuramente) será escolhida. No caso da TI, o inglês deixou de ser uma recomendação, para se tornar uma obrigação! Por fim, as soft skills (habilidades interpessoais) vêm ganhando cada vez mais importância. E claro, acompanhar o seu desenvolvimento na educação formal, buscando garantir que eles tenham ótimas experiências de aprendizagem no ensino fundamental e médio.

E se um dia eles decidirem atuar na área de TI, bem: estaremos aí para ajudar! &;-D