Uma das coisas que aprendi na área de Informática (na prática), é que um software atinge a maturidade quando é lançada oficialmente a versão 1.0. Segundo a visão dos desenvolvedores, a versão 1.0 representa a visão dos seus idealizadores, com a implementação de todos os recursos desejados, tornando-o completo e funcional para executar as atividades as quais ele foi proposto…
Puro engano! Apesar do “trabalho pesado” já ter sido feito, uma série de mudanças e adequações serão feitas, por causa do retorno dado pelos seus usuários, como críticas e sugestões. Por isto, não é raro observar que a versão 2.0 daquele software em geral, trazem profundas mudanças se comparado à versão anterior. Muitas das vezes, a versão 2.0 torna o software mais popular ainda (se for bem aceito), como também pode salvá-lo de um grande fracasso (se não bem aceito).
Mas à partir da versão 3.0 é que (à meu ver) o software REALMENTE chega à sua maturidade. Enquanto que, na versão 1.0 a base conceitual é colocada à prova pelos desenvolvedores, na versão 2.0 as principais melhorias desejadas pelo seu público-alvo é disponibilizada. Então, o que a versão 3.0 trará de especial? Por incrível que parece, muito pouca coisa (e em muitos casos, nada)! No geral, a versão 3.0 se destaca em melhorar de modo global, o software em questão.
Na maioria das vezes, são feitas otimizações de código e interface, visando torná-lo mais estável e com boa performance (onde muitas vezes é observado um melhor desempenho em relação à versão anterior). Em outros casos, pequenas novas implementações vêm para complementar o conjunto de recursos e funcionalidades ja disponíveis. Apesar das mudanças serem mais “internas”, no geral o software ganha muito mais visibilidade por ser “estável, funcional e confiável”.
Se acham que estou exagerando, recomendo aos leitores SEMPRE olharem os changelogs dos softwares de sua preferência, pois garanto que vão encontrar os indícios do que estou falando. Óbviamente, estas regras não se aplicam a todos os softwares (dada as particularidades de cada um), mas sim representam uma tendência geral. Especialmente para alguns softwares clássicos, como o Firefox e o OpenOffice.org.
E dizem as más línguas que o Windows ainda continua em sua versão beta… &;-D