Diferentes sistemas operacionais possuem os seus próprios requerimentos em termos de hardware, tecnologias suportadas e padrões de interoperabilidade em geral. No quesito hardware, a capacidade de processamento, o espaço em disco e a quantidade de memória RAM, entre outros elementos, são os parâmetros mais visados para uma ótima performance. Porém, ainda persiste o conceito arcaico de que “quanto mais recursos, melhor para o desempenho” e no que concerne a memória RAM, teremos uma coluna especialmente dedicada sobre ela…
Eis, uma pequena lista de referência:
- 4 GB (básico): tarefas básicas, como navegação na Internet e editoração de documentos de escritório e reprodução de vídeo em Full-HD.
- 8 GB (básico/intermediário): uso geral, aplicações gráficas leves e jogos ocasionais, limitados a definição de 720p a 900p.
- 12 GB (intermediário): uso geral, aplicações gráficas avançadas e jogos modernos, limitados para a definição de Full-HD.
- 16 GB (intermediário/avançado): uso geral, aplicações gráficas avançadas, hospedagem de máquinas virtuais e jogos modernos até 4K.
- 24 GB (avançado): “o céu é o limite”!
Resumindo: o PC desktop NÃO ficará mais rápido, se apenas adicionarmos mais memória RAM “sem critério”! Qualquer adição fará efeito APENAS se o hardware em questão for utilizado para executar aplicações e serviços, os quais REALMENTE façam o uso da memória RAM disponível. Caso contrário, o usuário estará praticamente jogando dinheiro fora, adicionando módulos achando que vai melhorar o desempenho. Talvez, a única exceção seja para a navegação WEB, caso se ele tenha o hábito de manter várias abas do navegador em aberto. Por questão de segurança (e desempenho), cada aba aberta representa uma ID de processo a parte (que podemos “matar” sem fechar todo o navegador), que por sua vez requer recursos como processamento, memória e conexão.
Quanto ao sistema operacional, o Windows é o mais utilizado (+90% de instalações) e por isso, os requisitos de memória aumentam a cada nova versão. Atualmente, a versão 10 é (e será por um bom tempo) o sistema padrão, já que o antigo 7 não é mais suportado e as edições 8 e 8.1 não são lá muito populares. E em termos de requisitos, embora a Microsoft determine a quantidade mínima de 2 GB de memória RAM para rodá-lo, somente a partir de 4 GB é que poderemos exigir um desempenho satisfatório deste sistema operacional (embora existam versões mais leves e customizações que permitam executá-lo em máquinas com apenas 2 GB). Isto, se o uso em questão for básico.
O mesmo se dá com os sistemas GNU/Linux, embora hajam variações em termos de seu desempenho geral, se avaliarmos as suas particularidades. Ao contrário do Windows, as distribuições GNU/Linux costumam trazer um ambiente completo, com inúmeros aplicativos, utilitários e ferramentas, sem contar ainda a disponibilidade de ambientes gráficos desktops completos e funcionais, os quais também necessitam serem atendidos nos requisitos que concernem ao perfil de hardware. Mas diferente do Windows, o GNU/Linux irá funcionar melhor com pelo menos 4 GB de memória RAM, embora muitas aleguem que 2 GB é o mínimo necessário. Por fim, vou ficar devendo em relação aos MACs…
Se por um lado, deveremos ter bem definida a quantidade de memória RAM ideal, por outro lado, também deveremos considerar a quantidade máxima suportada pela placa-mãe. Um PC desktop bem projetado irá durar por anos e por isto, em algum momento durante a sua vida útil, precisaremos fazer upgrades para mantê-lo atualizado e funcional. Neste aspecto, o aumento da quantidade de memória RAM é a intervenção mais praticada, já que nos permite trazer resultados rápidos e o seu custo é relativamente barato, se comparado com as demais intervenções possíveis. Por fim, tecnologias relacionadas devem ser observadas, como o tipo suportado (DDR3 ou DD4), o uso canais triplos (three-channel) e o compartilhamento com a unidade gráfica integrada (IGP).
Quanto a marcas, o mercado está bem servido. Só fujam das Spectek! &;-D