Se eu fosse montar um novo PC desktop hoje, qual seria o seu perfil?

O meu atual PC desktop é um equipamento da categoria nettop, que apesar de me atender maravilhosamente bem e ainda pretender ficar com ele por pelo menos mais algum tempo, já está demonstrando sinais de cansaço (inclusive, já publicarei um artigo sobre ele). E nestes tempos de pandemia e isolamento social, provavelmente precisarei de um hardware mais potente e flexível, para ter melhor suporte na criação de laboratórios práticos, em vista das minhas necessidades de instrutor na aplicação de aulas a distância…

Até então, considerava a possibilidade de adquirir um novo computador de grife ao invés de montar, conforme já fazia a anos. Mas infelizmente, os três principais fabricantes não atendem as minhas necessidades: os equipamentos da Dell são caros demais, ao passo que os equipamentos da HP e da Lenovo não oferecem muita variedade de configurações. Então, será que terei que por a mão na massa e montar novamente a minha própria máquina? Embora esteja relutante em aceitar esta idéia, a cada dia ela se está se mostrando mais inevitável…

Tal como aconteceu com o nettop anterior, a combinação gabinete e placa-mãe será fundamental neste processo, já que este futuro PC desktop deverá ter um formato compacto, por questões de espaço e consumo. O problema é que não existem muitas opções destes itens em formatos mini-ITX e para variar, nem todos possuem um bom design para sustentar uma placa de vídeo dedicada no formato low-profile (pois considero utilizar o equipamento para a execução de jogos ocasionais). Por fim, tais gabinetes também limitarão a escolha da fonte adequada, pois as fontes que vem integradas em geral, são de baixa qualidade.

Tirando as dores de cabeça em relação a seleção do conjunto gabinete, fonte e placa-mãe, estou mais tranquilo em relação as opções de escolhas para os componentes internos. Uma CPU de entrada Core i3 ou Ryzen 3 dará conta do recado, pois ambas oferecem performance mais que suficiente para as minhas necessidades e não consomem muita energia, o que facilitará bastante a utilização de coolers padrões e com design compactos. Já os demais componentes, também não me devo preocupar com as opções disponíveis, embora eu tenha que ficar atento quanto a aquisição do SSD e do HD.

Por fim, também pretendo ter duas unidades de armazenamento (o que reduz ainda mais as opções de gabinetes ITX). Uma delas será um SSD de baixa capacidade e confiável (com tecnologia TLC ao invés de QLC), para a instalação de um sistema Linux e o outra será um HD tradicional, designado para a instalação do Windows e/ou armazenamento de ISOs & VMs. Prefiro ter os sistemas operacionais trabalhando de forma independente, para não precisar utilizar gerenciadores de inicialização e assim, reduzir os problemas e inconvenientes causados por eles (especialmente em relação ao Windows).

Apesar do sonho de adquirir um computador de grife estar mais distante (não só pela pouca flexibilidade de opções e alto custo, mas também pelas dificuldades causadas pela pandemia da COVID), ainda assim não desisti desta possibilidade! Venho monitorando os lançamentos mais recentes da indústria, dando também uma atenção especial para a AMD e a sua recente linha de processadores Ryzen 5000, as quais também terão unidades gráficas baseadas no antigo IGP Vega (série “G”) e melhor suporte para o kernel Linux.

Enquanto isso, vou me virando com o meu nettop. Até onde der… &;-D