Trabalhar em uma pequena empresa, ralar muito e ganhar pouco…

Sim, sei que isto seria um verdadeiro pesadelo e para muitos, a decadência de uma bela carreira profissional! Mas acreditem ou não, este é um grande sonho que ainda pretendo realizá-lo! Embora tenha feito estágio e trabalhado apenas em grandes empresas e instituições (Araújo Abreu Engenharia, Valesul Alumínio S/A, Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico e SENAC Rio), algumas experiências só podem ser oferecidas mesmo é nas pequenas empresas…

O grande inconveniente em estar em grandes empresas é a sensação de que você é apenas mais um (número) em uma multidão. No máximo, o acolhimento e o reconhecimento vêm daqueles gestores e profissionais que interagem diretamente com você. Para outras unidades, gerências e até mesmo departamentos, você é apenas é um conhecido que está alocado em uma determinada equipe ou sob o comando de um determinado gerente ou supervisor. E nada mais além disso (talvez você até seja lembrando por alguma particularidade ou evento). Inclusive, muitos sequer mal sabem o seu nome.

Em geral, empresas de grande porte designam um conjunto bem delineado de tarefas, funções e responsabilidades, ao passo que as empresas menores, você se torna um cara que “faz de tudo um pouco” e não raro, será até mesmo explorado. Nestas últimas, a carga de trabalho costuma ser maior e as ausências (seja por atendimento médico, problemas particulares ou qualquer outro evento) são notadas negativamente. Por fim, a remuneração não é das melhores, pois você provavelmente não irá ganhar prêmios e bonificações por atingir metas individuais (pois estas empresas raramente possuem planos de participação de lucros ou equivalentes) e se porventura houver necessidades de dispensas, poderá se tornar um alvo se ganhar um salário acima da média!

No entanto, nas pequenas empresas a sensação de proximidade e acolhimento é maior. E isto se reflete na visibilidade: você não é apenas um funcionário dentre as centenas (ou milhares) de contratados, mas faz parte da família (e não me refiro em ser aquele “primo distante”). Apesar das condições de trabalho duras, as exigências sejam maiores (na maioria dos casos) e a remuneração, prêmios e bonificações não serem compatíveis (sem contar com o fato de ter que assumir mais responsabilidades e acumular funções), as atividades variadas e a necessidade de ser mais independente acabam tornando o trabalho em geral menos monótodo e mais desafiante, refletindo em um currículo profissional no qual você se torna mais versátil e experiente!

Estou enganado? Talvez. Mas só saberemos na prática! &;-D