Vocês saberiam me dizer qual será a ferramenta de linha de comando…

… oficial para o ambiente gráfico GNOME? Pois confesso que de uns tempos para cá, tenho ficado mais confuso em relação as suas aplicações nativas! Até então, tínhamos o bom e velho GNOME Terminal, que posteriormente foi substituído pelo GNOME Console, em vista deste último se integrar melhor a proposta minimalista deste badalado ambiente gráfico, além de tirar proveito das abordagens voltadas para a usabilidade do sistema e também fazer o uso de bibliotecas atualizadas (GTK). Inclusive, foi por volta desta época que os desenvolvedores do GNOME também substituíram o bom e velho Gedit pelo GNOME Text Editor…

E agora, soube que o “obsoleto” GNOME Console será substituído por uma nova ferramenta de linha de comando: eis, o Ptyxis! Este último foi concebido por Christian Hergert (desenvolvedor do GNOME e do Fedora), com o objetivo de integrar melhor com as tecnologias baseadas em containers (Podman, Toolbox e Distrobox), além de oferecer mais opções de customização e suportar a renderização gráfica (seja através do uso de IGPs ou GPUs dedicadas). Antes de adotar este nome horroroso incomum, o projeto havia sido batizado inicialmente como “Prompt”, mas devido a questões relacionadas ao registro de marcas, ele foi alterado.

Se não bastassem as trocas constantes de aplicações nativas (não que isto seja ruim, apenas deveria ser feito com mais critérios), o Ptyxis também se difere das demais substituições por integrar mais recursos e funcionalidades, ao invés de tirá-los para tornar as aplicações minimalistas (seguindo à risca o lema “menos é mais”). Além de ser concebido para prover suporte aos containers, ele também realiza o rastreamento dos processos para identificar se ele estão sendo executados sob ferramentas como o sudo e o SSH, dispondo até mesmo de agentes que possibilitam monitorar os terminais virtuais (PTY) e as IDs dos processos.

Além de já ter sido concebido para se integrar melhor ao ambiente gráfico (suporte a temas do GNOME, uso de paleta de cores, transparência e redimensionamento de janela através de aceleração gráfica, etc), o Ptyxis também oferece uma boa flexibilidade para lidar com as preferências dos usuários, suportando profiles para definir uma série de atributos como paleta de cores alternativas (embora não permita editar as cores), teclas de atalho, definição de containers, comandos opcionais, etc). Por fim, ele também permite realizar uma gestão de abas (para múltiplos terminais) e até mesmo salvar as sessões em aberto!

Ok! Estou convencido de que o Ptyxis realmente veio para ficar (e torço para que não saia tão cedo), apesar de gostar (e preferir) mais da abordagem “simplória” e minimalista do bom (e não tão) velho GNOME Console. Na minha opinião, a equipe de desenvolvimento do GNOME deveria se focar na disponibilização de uma ambiente gráfico mais generalista (para atender a todos os tipos de usuários), deixando a cargo dos usuários a escolha das aplicações nativas para atender as necessidades especiais (e até mesmo recomendá-las, através da sua central de softwares). Mas no geral, estou feliz com a constante busca por melhorias e aperfeiçoamentos.

Da próxima vez que definirem o nome de projetos, consultem a comunidade… &;-D