A (triste) saga dos “bons” jogos de mundo aberto que só tem… tamanho!

Foi através do jogo Assassin’s Creed: Liberation (PS Vita), que tive a minha primeira experiência com os jogos de mundo aberto. Na época (2012), fiquei extasiado com a possibilidade de poder “ir para onde quiser” e “fazer um monte coisas” durante o jogo! Porém, não demorou muito para que a minha euforia desse lugar a monotonia, em vista das missões repetitivas e suas tarefas sem importância que muitas vezes, não acrescentam nada ao jogo além de horas vazias…

Por isso, este foi o único jogo o qual acabei me dedicando mais nas missões principais, relegando ao segundo plano as missões secundárias, os eventos aleartórios e outras atividades menores. Porém, consciente do potencial desta categoria de jogos, passei a investir na compra de outros títulos e por fim, me tornei um fã do genero. Além de Assassin’s Creed, também me diverti muito com outras séries como FarCry, Borderlands, Dead Island, Fallout, Destiny, The Elder Scrolls, Mass Effect, entre outros! Fora as minhas expectativas por CyberPunk 2077…

Sou apaixonado por jogos de mundo aberto! Porém, esta paixão não é cega e antes de realizar a aquisição de um novo título, faço pesquisas relacionadas as análises e reviews publicados, para identificar os aspectos positivos e negativos do título em questão. Quanto as aspectos positivos, todos nós (que curtimos o gênero) já conhecemos; porém, o que me preocupa cada vez mais são os aspectos negativos, os quais ao invés de serem eliminados (ou pelo menos atenuados), parece que crescem cada vez mais para esta classe de jogos! O que eles têm em comum, geralmente está relacionado aos seus “números enormes”.

Mapas gigantescos, missões infindáveis, muitos colecionáveis, muitos níveis para alcançar e uma série de habilidades para destravar, são os mais comuns. No entanto, eles deixam a desejar no contexto de variedade, os quais acabam utilizando os elementos que a compõem de forma bastante repetitiva: a partir do momento em que você viu um pequeno conjunto de locações, o favor novidade sai de cena e por isto, perdemos o interesse de desbravar novas áreas. O mesmo se dá para as missões que se tornam repetitivas com o tempo, além dos itens colecionáveis que se tornam cansativos para coletar a partir de um certo ponto.

Não seria o momento de repensar nas estratégias e “dar um passo atrás”, para evoluir “dois passos à frente”? Há tempos, sabemos que os custos relacionados ao desenvolvimento destes títulos são altos e por isso, acredito que faria bem mais sentido criar jogos com “números menores”! Os novos lançamentos poderiam dispor de mapas menores (mas bem dimensionados), de missões e tarefas reduzidas (porém variados), de níveis & habilidades bem definidos (mas diferenciados), certamente seriam bem recebidos pela crítica geral, embora eles não sejam tão “grandiosos” (no sentido literal) em relação aos seus antecessores.

A partir do jogo base, a empresa poderia priorizar na estratégia de vender conteúdos extras (DLCs), para aqueles interessados que desejam estender as boas experiências, que tiveram com o título em questão. Ou ainda, ela também poderá adotar conceitos de GaaS (Game as a Service), oferecendo serviços através de uma subscrição. Por fim, ela poderia até mesmo promover a participação da comunidade que se forma ao redor da IP, entregando-lhe ferramentas e suporte para que ela possa criar as suas próprias modificações (modders) e assim, enriqueçam a experiência em geral!

Seja como for, eis o recado: a indústria precisa se REINVENTAR! Pessoalmente, já não estou mais tão empolgado quanto antes, em relação aos lançamentos dos novos jogos de mundo aberto. Se eles continuarem com esta filosofia de querer inchar o jogo apenas para dizer que é enorme, a tendência será de comprar menos jogos e me focar apenas naqueles que me garantem uma boa experiência geral. Por exemplo, há tempos venho curtindo o jogo Fallout 76 e em breve, estou até mesmo considerando a possibilidade de cancelar o Game Pass (definitivamente), para priorizar jogos desta categoria, como Read Dead Online e CyberPunk 2077.

Ainda mais se eles forem lançados cheios de bugs e instabilidades… &;-D