Planejo fazer a troca do meu PC desktop apenas no ano que vem (2022) e dada a proximidade da data, as especificações técnicas deste novo equipamento já estão bem definidas! Em destaque, está o fabricante e a arquitetura da CPU: muito provavelmente irei optar pela Intel, graças ao suporte referente aos drivers para o Linux. Mas, o que (ainda) está em aberto, é a geração da arquitetura: embora a minha principal opção seja a Alder Lake (12a.), uma unidade “exótica” baseada na arquitetura Tiger Lake (11a.) me chamou bastante a atenção nestes últimos tempos: a CPU Intel Core i3-11100B!
Ela foi designada para atender ao mercado de PCs desktops de entrada e voltada específicamente para equipamentos ultra-compactos. Embora a sua nomenclatura sugira que esta seja uma versão revisada do Core i3-11100, na prática elas são unidades totalmente distintas: a original (sem o “B”) é baseada na arquitetura Rocket Lake, que por sua vez utiliza uma litografia de 14nm e o antigo IGP Intel UHD Graphics 630; já a unidade mais recente, é baseada na arquitetura Tiger Lake (que inicialmente foi concebida para o uso em portáteis) e utiliza um IGP mais moderno, baseada na moderna Intel Xe (12a. geração).
Inclusive, esta nova CPU nem sequer utiliza um soquete clássico: ela foi concebida para utilizar o padrão Ball Grid Array (BGA), sendo soldada diretamente na placa-mãe! Por isto, muito provavelmente veremos estas unidades sendo vendidas já integradas em PCs desktops compactos, como os PCs da série Intel NUCs ou da marca Dell OptiPlex (os quais também venho acompanhando há tempos), sem contar as inúmeras placas-mães “com tudo onboard” que serão comercializadas. Já em relação as demais especificações, estas também apresentam algumas diferenças interessantes, embora tão pequenas a ponto de não fazer muita diferença (e por isso, vou me abster de comentar).
Esta CPU também irá me atender em praticamente todos os quesitos, pois ela possui um custo acessível (para uma CPU de entrada), oferece uma performance geral “boa o suficiente” para atender as minhas necessidades (as quais também não são muito exigentes) e por fim é moderna em termos tecnológicos, apesar do seu TDP de 65 Watts ser relativamente alto (especialmente para um PC desktop ultra-compacto). Embora o seu IGP tenha uma quantidade bem limitada de unidades de execução (apenas 16), acredito que isto não fará muita diferença, já que (inicialmente) não pretendo utilizar esta máquina para rodar jogos (mas pretendo fazer o uso de aplicações que tiram o proveito da aceleração gráfica).
Como sabemos, as gerações mais recentes também são as mais caras e a partir do momento em que elas são disponibilizadas, as anteriores também sofrerão uma bela redução de preço! Obviamente, as unidades mais antigas irão apresentar uma performance geral abaixo em comparação com as mais novas, porém dependendo da diferença de preço, a relação custo vs benefícios delas poderá ser bem mais interessante! Por isso, uma placa-mãe mini-ITX integrada com esta CPU será um excelente “plano B”, caso não seja possível (ou viável) adquirir uma nova unidade baseada na arquitetura Alder Lake! Por fim, as soluções da AMD também correm por fora, pois havia considerado até mesmo a APU Ryzen 3 1200F.
Em relação as demais especificações, este novo PC desktop terá 8 GB de memória RAM e SSD de 256 GB, além de adotar uma placa-mãe no formato mini-ITX e claro, um gabinete ultra-compacto (pois sou fã de PCs pequenos). Opcionalmente, posso também adquirir um PC desktop no formato barebone, com apenas o gabinete, a placa-mãe e a CPU, deixando a cargo do usuário adicionar os demais componentes internos. Se o gabinete permitir, também irei incluir um HD tradicional com pelo menos 500 GB, para o uso de outros sistemas operacionais ou até mesmo para a instalação bare-metal de um hypervisor, para executar as VMs com a melhor performance possível (a qual também é uma exigência do Cisco Modeling Labs).
Apesar de ser um “homem velho, barbado e com +40 anos na cara”, confesso que estou ansioso como um garoto, para montar este novo PC desktop! Sou apaixonado por hardware & tecnologia e por isso, a tarefa de delinear cada componente (e periférico) e fazer a montagem daquele que será o meu computador para os próximos anos, é algo muito prazeroso para mim! E nos tempos em que trabalhava como profissional independente no ramo, tive a oportunidade de especificar e montar muitos PCs desktops para os meus clientes e em geral, eles ficavam bastante satisfeitos por poderem contar com máquinas “boas, bonitas e baratas”!
Desta vez, farei de tudo para ficar com ela por +10 anos… &;-D