Para mim, o que torna a Debian uma distribuição Linux especial não está no fato dela ser um sistema dotado de uma incrível qualidade (em termos de estabilidade e segurança), nem da sua larga base de usuários, nem da grande popularidade e nem até mesmo de ser a mais utilizada como o sistema-base para outras grandes distribuições populares, como o Ubuntu, o Mint e o PureOS. O Debian é especial, graças a sua filosofia e dedicação em ser um “sistema universal”, podendo ser utilizado para várias aplicações práticas e hardwares diversificados…
“After 2 years, 1 month, and 9 days of development, the Debian project is proud to present its new stable version 11 (code name “bullseye”), which will be supported for the next 5 years thanks to the combined work of the Debian Security team and the Debian Long Term Support team. Debian 11 “bullseye” ships with several desktop applications and environments. Amongst others it now includes the desktop environments: Gnome 3.38, KDE Plasma 5.20, LXDE 11, LXQt 0.16, MATE 1.24, Xfce 4.16.”
— by Debian News.
Ela é uma das três distribuições clássicas mais antigas ainda em vigor (além da Slackware e Red Hat) e durante os anos de sua existência, conquistou uma grande reputação em virtude de sua qualidade, segurança e estabilidade, além de ter construído uma poderosa comunidade ao seu redor. Diferente das demais “distros”, a disponibilidade de cada nova versão do Debian acontece em um período médio de 2 anos e por isso, existem grandes expectativas para cada novo lançamento. Tal como aconteceu neste último sábado (14/ago)!
O Debian 11 “Bulleye” traz uma base gigantesca de pacotes, totalizando quase 60mil para esta edição. Destes, +11mil são novas adições e +42mil foram atualizados, apesar de +9mil terem sido removidos. E diferente das outras edições, o Debian Med (equipe formada para prover suporte a pesquisas relacionadas ao COVID-19) realizou a compilação e o empacotamento de diversos softwares voltados para a epidemiologia, bastando instalar os meta-pacotes med-*. Por fim, vários pacotes relacionados a aplicações de produtividade e serviços de redes também se encontram disponíveis e atualizados, possibilitando transformar o seu sistema em uma completa estação de trabalho ou um poderoso servidor dedicado. Afinal de contas, o sistema é “universal”!
Em termos de hardware, o Debian agora integrará o suporte ao sistema exFAT diretamente no kernel, dispensando a necessidade da instalação de pacotes à parte (exfat-fusion) para fazer o uso deste recurso no espaço de usuário. E a maioria das impressoras modernas poderão ser utilizadas no sistema sem a necessidade de instalação de drivers à parte, graças a adição de um pacote (ipp-usb) que possibilita utilizar os equipamentos que suportam o protocolo IPP-over-USB e reconheça-os como dispositivos de rede. O backend oficial sem driver do SANE é fornecido por pacotes à parte e faz o uso do protocolo eSCL. Sem contar as 9 arquiteturas suportadas oficialmente pelo sistema…
Curioso? Então experimente! As imagens ISO estão aqui… &;-D