Em muitas cursos voltados para a Informática & Tecnologia, faço uma exposição dialogada sobre as três principais categorias de processadores existentes no mercado: de entrada (de baixo custo e com poder computacional o suficiente para as atividades básicas do dia-a-dia), intermediária (que oferece um bom poder computacional a um custo razoável) e avançada (para aqueles que buscam uma excelente performance, embora a custos relativamente altos). Para estas três categorias, tanto a Intel quanto a AMD designam na nomeclatura dos seus produtos, os dígitos 3, 5 e 7 para representá-los…
“Ultimately, I firmly believe that unless your CPU earns your wage, you shouldn’t consider getting a flagship CPU. They’re overpriced, don’t pack enough of a performance bump to justify their flagship tax, can be harder to rein in with anything besides chunky AIOs, and can give you headaches you won’t suffer from if you opt for a mid-range or high-end CPU. Unless you’re eyeing an Intel CPU, in which case you should avoid 13th and 14th gen Core i7 and Core i9 parts, at least until Intel releases its 15th gen Arrow Lake desktop CPUs later this year.”
— by How-To Geek.
Porém, duas categorias que sequer menciono: a de processadores de baixíssimo custo (que mal sequer entregam performance suficiente para as atividades básicas do dia-a-dia) e a de entusiastas (a qual em tese, deveria entregar a máxima performance possível, independente do quanto isto vai custar). No primeiro caso, não preciso me preocupar em vista do fato dos usuários não estarem interessados em produtos de pouca capacidade de processamento; já no segundo caso, a situação é bem diferente: muitos deles acreditam que contar com produtos desta categoria, irá lhes entregar as melhores experiências possível! Mas não é bem assim…
Goran Damnjanovic (autor do portal How-To Geek) publicou um belo artigo sobre os processadores “flagship” , termo cunhado para designar uma linha de produtos que tem como objetivo, divulgar a marca e promover o marketing agressivo, dando-lhe a máxima visibilidade possível. Embora tais unidades de processamento sejam classificadas como “as mais poderosas do mercado”, “de última geração” e prometem “mundos e fundos” para os infelizes usuários, na prática existem vários motivos pelos quais eles sequer deveriam ser cogitados para a aquisição! Eis, uma lista resumida:
- CPUs emblemáticas (flagships) geralmente são superfaturadas;
- Não oferecem muito mais desempenho em comparação com CPUs avançadas;
- Há uma boa chance de você não precisar de um desempenho de alto nível;
- CPUs emblemáticas (da Intel) exigem soluções de resfriamento caras;
- Elas podem ter problemas não encontrados em modelos mais acessíveis.
Se concordo? Plenamente! Inclusive, ainda temos a questão da sub-utilização do sistema, já que raramente utilizamos todo o poder computacional oferecido por estes processadores (mesmo em cenários que exigem alta performance). E a sua plena utilização somente será alcançada (mesmo) após alguns anos, o que também acaba refletindo negativamente na relação custo vs benefício: com o valor gasto na aquisição destes produtos, poderíamos tranquilamente bancar o seu upgrade (se optarmos por produtos da categoria intermediária ou avançada, ao invés de produtos voltados para entusiasta), já que a plataforma irá sofrer da defasagem tecnológica e não ser mais capaz de rodar os softwares atuais.
Especialmente se não for possível rodar o Windows 11 nestas plataformas… &;-D