… faltava! Embora reconheça que uma taxa de 60 FPS entregue uma experiência mais suave e agradável para determinados jogos (especialmente para os títulos competitivos em que é necessário prover uma rápida “ação & reação”), não abro mão das boas experiências de imersão oferecidas pela taxa de 30 FPS. Além disso, também posso “economizar” no hardware, já que precisarei apenas da metade dos recursos computacionais oferecidos pela placa de vídeo (para renderizar as cenas do jogo) e de quebra, adotar a máxima qualidade gráfica que ele pode oferecer…
“The games industry is moving towards a new standard of 60 FPS due to technological advancements made in upscaling technology. Many gamers decide to prioritize higher FPS over graphical fidelity for a smoother, more responsive, and potentially more immersive experience. Frame generation tech can double frame rates for smoother performance without skyrocketing hardware requirements, but the technology needs time to mature.”
— by How-To Geek.
Mas se não bastasse a insana corrida para o 4K “de mentirinha” (já que alcançá-lo “de verdade”, mal é possível com a geração atual de placas de vídeo), agora a tendência é priorizar maiores taxas de quadro! Isto se dá em virtude da evolução das tecnologias de upscaling baseadas em IA, que possibilitam aumentar de forma considerável estes valores, sem sacrificar tanto o hardware em uso. Por fim, a disponibilidade de monitores com suporte a taxas de atualização acima de 60 Hz e a flexibilidade da plataforma PC, também propiciam este novo cenário.
Mas… priorizar jogos rodando a 120 FPS ao invés dos 60 FPS? Putz! Segundo Ismar Hrnjicevic (editor do portal How-To Geek), “quando você passa algum tempo jogando a 120 FPS ou mais e depois volta para 60 FPS, você pode sentir a diferença, e cair para 30 FPS pode parecer praticamente impossível de jogar”. Para variar, ele afirma que “é hora de aposentar os 30 FPS completamente e tornar os 60 FPS o novo padrão mínimo”, embora “seja possível aproveitar jogos a 30 FPS”. Embora as suas argumentações sejam sólidas até um certo ponto (por isto, recomendo a leitura da publicação original), discordo plenamente das suas afirmações.
Primeiro, altas resoluções e altas taxas de quadro continuarão sendo possíveis somente com hardwares de ponta, tornando toda a plataforma cara e portanto, fora do alcance da grande maioria dos jogadores. Segundo, a qualidade gráfica possui uma importância fundamental para uma boa experiência e além de ser obrigado a abrir mão dela em vista da “necessidade” de gerar mais FPS, muitos efeitos visuais são programados para funcionar bem a determinadas taxas de quadro (como é o caso dos efeitos “cinematográficos”) e um aumento excessivo poderá causar uma certa “estranheza”. Por fim, se os consoles atuais mal conseguem manter as definições de resolução na metade da geração, imaginem com as altas taxas de quadros?
Sem contar ainda os problemas de sincronização de quadros… &;-D
Saudades dos tempos em que a preocupação era apenas que os jogos de video game fossem divertidos.
Somos dois! &;-D