… na minha opinião, ela nem deveria existir! Ao menos, nos moldes atuais. Lá no início dos anos 90, a Nintendo e a Sega travaram uma grande disputa pela supremacia no mercado de jogos, pois ofereciam bons consoles como o Mega Drive e o Super Nintendo. Embora ambos fossem praticamente equivalentes (apesar da leve superioridade do Super Nintendo em termos de recursos computacionais), o grande destaque ficava por conta dos exclusivos disponíveis para suas respectivas plataformas. Como fã do Sonic e do Mário Bros, confesso que ficava “dividido” entre eles e por isto, acabei não comprando nenhum destes consoles…
“Up until the current generation of video game consoles, each system was defined primarily by its exclusive games. We may call it the “console wars,” but the battles have always been Mario vs. Sonic and Master Chief vs. Nathan Drake rather than Nintendo vs. Sega or PlayStation vs. Xbox. It was the games that drove people to buy one box over the other, and those have always driven a wedge in the gaming community. Few people had access to every console, so…”
— by Digital Trends.
Preferi apostar as minhas fichas no PC desktop como plataforma de jogos e por isto, curti muitos jogos que (eu saiba) não se encontravam disponíveis para os consoles (embora tenha deixado de curtir outros em vista da maldita exclusividade), destacando-se os jogos de tiro em primeira pessoa (FPS) como DOOM, Heretic, ROTT, Quake, Hexen, Duke Nuken 3D, Blood, etc. Sempre ODIEI o atual sistema de exclusividade, embora compreendesse a necessidade deles, para que as plataformas de consoles pudessem prosperar. Na minha opinião, a exclusividade poderia se limitar a disponibilidade dos jogos para uma plataforma sob determinado período de tempo, tal como aconteceu com o reboot de Tomb Raider para o Xbox.
Felizmente, parece que a exclusividade (nos moldes atuais que conhecemos) vai acabar: em vista dos altos custos de produção cada vez tem sido mais crescente para os jogos AAA, a Microsoft tomou a louvável decisão de disponibilizar alguns dos seus jogos (que até então, eram exclusivos) para outras plataformas! Além do fato de que as baixas vendas dos consoles Xbox Series não terem ajudado a formar uma comunidade de jogadores grande o suficiente para bancar os custos de produção dos seus exclusivos, ela também está tomando algumas decisões estratégicas inteligentes, como a ênfase em uma plataforma de serviços Xbox mais universal (que pode ser acessada por qualquer dispositivo) ao invés de se manter atrelada a uma plataforma de hardware dedicada (como é o caso dos consoles).
Enquanto isto, a Sony continua sendo mais “teimosa” em seus domínios, já que os consoles PlayStation sempre tiveram o diferencial de contar com mais exclusivos, o que acabou obrigando a própria Microsoft a adquirir alguns estúdios para investir em mais em seus próprios exclusivos. No entanto, ela também está (aos poucos) se movendo nesta direção, já que algumas de suas IPs já estão disponíveis para a plataforma PC. Ainda assim, tão cedo veremos os exclusivos dela nos seus principais concorrentes, assim como a própria Microsoft também manterá os seus exclusivos por um bom tempo, para os seus consoles.
Só nos resta torcer para que os exclusivos acabem de vez. Senão… &;-D