Acredite, se quiser: drives de disquetes continuam sendo suportados…

… no Linux! Há quase 20 anos, decidi tomar uma atitude radical em relação ao meu PC desktop recém-montado: um Athlon XP-2000 (1.67 GHz) montado em uma placa-mãe Abit VA-10, com 512 MB de memória RAM, 20 GB de armazenamento (HDD da Maxtor) e leitor/gravador de mídias ópticas (tempos depois, adquiri uma placa de vídeo ATI Radeon 9600XT). Na época, decidi que não utilizaria mais os infames drives de disquetes, que há tempos me deixavam insatisfeito com as suas performances…

“As we get ready to enter 2023, the Linux kernel’s floppy disk driver is still being maintained. Ahead of the Linux 6.2 merge window next week — in working towards the Linux 6.2 stable release around February as what will be the first major Linux release of 2023 — there is still some attention being paid to the floppy driver. Denis Efremov submitted a floppy driver pull request to Linux block subsystem maintainer Jens Axboe of the driver updates for Linux 6.2.”

— by Phoronix.

Tal medida se deu em vista da pouca capacidade de armazenamento destas mídias removíveis, além da sua pouca confiabilidade, pois era algo bastante comum estes disquetes apresentarem defeitos (mesmo sendo novos)! Além disso, eu também estava equipado com uma unidade óptica capaz de realizar gravação de CDs, que além de oferecer uma capacidade de armazenamento bem maior, também contava com funções de regravação. E de quebra, existiam versões miniaturizadas de CD-RW que cabiam no bolso (em duplo sentido)!

Depois de todos esses anos, me deparo com uma novidade para lá de inusitada em relação ao Linux: o kernel 6.2 ainda manterá o drivers necessários para prover o suporte para as unidades de disquetes! Antes da janela de mesclagem da base de código desta versão kernel para a próxima semana, uma nova atualização foi feita para resolver um problema relacionado a um vazamento de memória, causado por uma falha na chamada da função floppy_alloc_disk(), que por sua vez se encontra presente deste a versão 5.11 do kernel Linux. E no início deste ano (2022), outras correções também foram feitas para o mesmo driver em questão…

Na época, foi uma decisão acertada em me desfazer das unidades de disquetes, pois além de ser relativamente bem atendido pelas mídias ópticas (apesar da falta de praticidade em comparação aos disquetes), logo depois os primeiros pendrives chegaram ao mercado. Lembro-me de ter adquirido uma modesta unidade com apenas 64 MB de armazenamento e suporte para a conexão USB 1.1 (750 KB/s de leitura e 450 KB/s de escrita), que apesar de ser lenta e limitada, me atendia muito bem se comparada aos antigos disquetes.

Ainda assim, tenho saudades dos bons tempos em que usava os disquetes! &;-D