Há muitos anos, a Intel praticamente monopolizava o mercado de processadores no mundo corporativo. Naquela época, os principais fabricantes de PCs desktops e portáteis ofereciam em seus catálogos, apenas máquinas equipadas com soluções da Intel. Não é que as soluções da AMD fossem ruins; mas além das unidades Intel Cores serem superiores em termos de performance e consumo de energia, a empresa também foi processada por abuso de poder, ao subornar os fabricantes de computadores para oferecer apenas produtos com suas soluções…
“Truth be told, most business users could get by just fine on a regular old Ryzen processor. It really is true that typical consumers and gamers have different expectations of their hardware than your usual business user, though. Instead of bleeding-edge performance and the latest features, business customers are more concerned with getting rock-solid stability, remote management features, and high efficiency.”
— by Hot Hardware.
Os anos se passaram, a AMD se reestruturou durante este período e no final de 2016, ela anunciou a sua linha de CPUs baseadas na nova arquitetura Ryzen, o que possibilitou a empresa se recuperar no mercado e conquistar o seu espaço! Porém, o mercado corporativo ainda continua sendo um grande desafio, por se tratar de um segmento mais conservador e que preza pela estabilidade e resiliência (neste aspecto, os produtos baseados nas soluções da Intel/Nvidia são melhores). Mas no que depender da gigante de Santa Clara, este cenário vai mudar…
A AMD irá introduzir uma nova família de processadores, designada para o mercado corporativo: eis, a Ryzen 7000 PRO! Baseadas na arquitetura Zen 4, ela será composta por 6 poderosas CPUs, dotadas com 6 a 8 núcleos (12 a 16 threads), frequência até 5.2 GHz (em modo turbo) e memória cache compartilhada entre 38 a 76 MB. Já em relação ao consumo de energia, teremos duas linhas distintas: a “HS”, com TDP entre 35 a 54 Watts e a “U”, com TDP entre 15 a 28 Watts. Por fim, nem é preciso dizer que uma destas linhas é voltada para os PCs desktops, ao passo que a outra é direcionada para os portáteis.
Obviamente, a AMD publicou alguns benchmarks comparando os seus produtos com a concorrência, como é o caso do Ryzen 7 PRO 7840HS que supera as CPUs Intel Core i7-1365U, i7-1360P e i7-1370P na maioria dos testes, bem como o SoC Apple M2 Pro (10 núcleos). O mesmo se dá com o Ryzen 9 PRO 7940HS, que por sua vez deixa oa CPU Intel Core i9-13900H “comendo poeira”! Vale observar que apesar de possuir mais núcleos que as unidades da AMD, a Intel adotou uma arquitetura que se vale de um design híbrido, o qual conta tanto com CPUs de alta performance (P-Core) quanto de baixo consumo (E-Cores), influenciando também no número de threads.
No geral, vai ser interessante observar os impactos causados por estas três famílias de processadores, que apesar de serem designadas para públicos distintos, possuem poucas diferenças marcantes entre si. No caso das CPUs para PCs desktops, todas elas possuem o mesmo TDP (65 Watts), a quantidade de núcleos entre 6 e 8 e o intervalo da frequência-base de apenas 500 MHz (de 3.8 a 4.3 GHz). A única diferença notável entre elas, está relacionado a quantidade de memória cache (L2 + L3): o Ryzen 9 tem o dobro de cache, se comparado ao Ryzen 5!
Resumindo: vale mais à pena investir na unidade mais acessível? &;-D