Para mim, o lançamento do SoC Apple M1 se tornou um grande marco para a história da computação pessoal! Além de representar uma nova era para a Apple (que abandona a arquitetura x86 em prol da ARM), esta nova unidade mostrou para todos que é possível dispor de um equipamento potente (seja um PC desktop ou notebook), capaz de rivalizar com as unidades x86 disponíveis no mercado. E de quebra, também garante uma relação de desempenho vs consumo praticamente imbatível, já que este set de instruções é voltado para o baixo consumo…
“Apple today announced M1 Pro and M1 Max, the next breakthrough chips for the Mac. Scaling up M1’s transformational architecture, M1 Pro offers amazing performance with industry-leading power efficiency, while M1 Max takes these capabilities to new heights. The CPU in M1 Pro and M1 Max delivers up to 70 percent faster CPU performance than M1, so tasks like compiling projects in Xcode are faster than ever. The GPU in M1 Pro is up to 2x faster than M1, while M1 Max is up to an astonishing 4x faster than M1, allowing pro users to fly through the most demanding graphics workflows.”
— by Apple Newsroom.
A Apple anunciou ontem (18/out) os novos SoCs M1 que equiparão os seus MacBook Pro: os modelos Pro e Max! Dotados de até 10 CPUs, GPUs de 32 núcleos e 64 GB de memória RAM unificada (integradas no mesmo chip que contém a CPU e GPU), estes novos SoCs irão oferecer uma performance e eficiência energética sem precedentes, conforme publicado pelo anúncio em questão. Para se ter uma idéia do quão poderosas são estas unidades, as CPUs entregarão até +70% em termos de desempenho, ao passo que as GPUs serão 2x e 4x mais rápidas, se comparados com a CPU e a GPU do SoC M1 original. Por fim, ambos possuem uma largura de banda de 200 e 400 GB/s para a memória RAM, superando os 60 GB/s do M1 original!
Sendo dotados de +33 e +57 bilhões de transistores (o M1 original possui “apenas” +16 bilhões), em tese estes novos SoCs deveriam consumir mais energia: afinal de contas a sua unidade de processamento geral é baseada no design big.LITTLE, entregando 8 CPUs de alto desempenho (FireStorm) e 2 CPUs de alta eficiência energética (IceStorm), bem diferente do SoC M1 original (4×4). No entanto, a Apple alega que as suas novas unidades irão manter o mesmo nível de consumo e atingirão o máximo de desempenho utilizando até -70% de energia. Para variar, ela também declara que a sua unidade gráfica oferece desempenho equivalente a uma GPU discreta de última geração. Incrível, não?
Como estes equipamentos são muito utilizados para a produção de conteúdos multimídia, a Apple também integrou o suporte a hardware para o codec ProRes, que por sua vez é um formato de compressão de vídeo. Sendo processado via hardware, os novos SoCs serão capazes de reproduzir vários fluxos de vídeos a 4K e 8K, entregando tanto alta performance quanto baixo consumo de energia, se tornando até mesmo 10x mais eficiente que os MacBooks da série Pro de gerações anteriores. Por fim, o SoC também irá oferecer 16 núcleos designados para o processamento de IA (Neural Engine), a qual é basicamente a mesma quantidade encontrada no SoC M1 original. Fora outras “pequenas” novidades…
Uma pena que ela não publicou informações adicionais em relação ao suporte para o Rosetta, uma camada de emulação que possibilita a execução de aplicações mais antigas (compiladas para a arquitetura x86) nos seus novos SoCs baseados na arquitetura ARM. Apesar do SoC M1 original apresentar uma boa performance na execução destas aplicações, seria interessante ver como os novos SoCs M1 Pro e Max se comportam nestes cenários, pois apesar de serem mais velozes, a diferença de performance não é algo assim tão gritante. Ainda assim, também não tenho dúvidas de que iremos nos surpreender.
Enquanto isso, a Intel só faz promessas em relação ao Alder Lake… &;-D