Em 2011, a ARM inovou ao lançar uma nova arquitetura baseada no set de instruções ARMv8, que por sua vez oferecia uma série de melhorias, com destaque para o suporte a capacidade de endereçamento de 64 bits para as memórias RAM. E a linha de SoCs baseadas em CPUs da série Cortex-A não só se mostraram poderosos o suficiente para encantar os usuários de dispositivos móveis, mas também deixaram claro para o mercado, de que poderiam conquistar outros importantes segmentos, como os servidores e PCs desktops tradicionais…
“Arm has introduced its latest CPU and GPU designs, including its flagship Cortex-X2 and Cortex-A710 CPUs and Mali-G710 GPU. The new CPU and GPU designs aren’t just Arm’s latest chip blueprints, though; they’re also its first designs to utilize its new Armv9 architecture, its first in a decade, which means big jumps in performance, along with new security and AI features. Most consumers probably aren’t familiar with the exact Arm cores inside their phones or computers, but Arm’s designs are common to virtually every Android phone. That means the designs introduced here are effectively a preview of what the best Android phones of 2022 will look like.”
— by The Verge.
Desde então, os ganhos em relação a performance a cada lançamento de uma nova linha de SoCs têm sido incrementais, embora nestes 10 anos o seu desempenho geral tenha avançado consideravelmente. Com o passar do tempo, este set de instruções iria aos poucos envelhecer e se tornar obsoleto e por isso, uma nova reformulação seria o caminho natural. Pois bem: a ARM há tempos já vinha desenvolvendo o futuro set de instruções ARMv9 e agora, irá disponibilizar toda uma nova linha de CPUs e GPUs baseada nela! Eis, as CPUs ARM Cortex-X2, Cortex-A710 e Cortex-510, além da GPUs Mali-710, Mali-510 e Mali-310!
A CPU ARM Cortex-X2 será a unidade mais poderosa e virá para substituir o Cortex-X1, enquanto que as CPUs ARM Cortex-710 e Cortex-510 também substituirão respectivamente os Cortex-A78 e Cortex-A57. Em geral, elas prometem uma maior performance na ordem de 30% em comparação com as linhas anteriores, mantendo os mesmos 30% em eficiência energética. O mesmo se dá para as linhas de GPUs Mali, as quais foram designadas as três classes de usuários que conhecemos: entry, mainstream e high-end. No geral, é aquele mesmo papo que escutamos a cada novo lançamento: mais performance, menos consumo e outros detalhes técnicos que basicamente servem para deixar os nossos dispositivos mais modernos e poderosos…
Em relação aos códigos, uma pequena ressalva em relação a CPU mais poderosa: porquê não utilizar o valor 10 como base na sua nomenclatura, ao invés de 2? Além de possibilitar sincronizar esta CPU com as demais CPUs voltadas para dispositivos móveis (a CPU passaria a se chamar Cortex-X10), ela também tornaria o sistema bem mais claro e inteligível, em comparação com as nomenclaturas adotadas no set de instruções anterior. A partir do momento em que a 2a. geração de CPUs baseadas no set de instruções ARMv9 chegar ao mercado, elas assumiriam o valor 20 para representá-las e assim, consecutivamente, tal como acontece no mercado de placas de vídeo. Quanto as GPUs, também faria mais sentido adotar um novo sistema independente, já que o lançamento de uma nova linha de CPU não quer dizer necessariamente que as GPUs integradas também foram atualizadas.
Senão, vai ter muita gente comprando “gato por lebre”… &;-D