… tornou mais séria do que imaginávamos! Diferente da Intel, a ARM não produz unidades de processamento baseadas em seu set de instruções ARM, se limitando a projetar as suas arquiteturas baseadas nela além de licenciá-las, para que as empresas interessadas possam produzir os seus próprios SoCs. Por isto, uma boa relação entre ela e os demais fabricantes é fundamental, para que as parcerias estabelecidas possam ir além de um simples licenciamento e a colaboração mútua possa render muitos frutos para os envolvidos. Porém, um embrólio judicial entre a ARM e a Qualcomm poderá abalar profundamente o mercado…
“The trial in a legal battle between Arm and Qualcomm that could disrupt a wave of artificial intelligence PCs is set to begin on Monday in a Delaware courtroom. A more than two-year fight has pitted Arm, which licenses fundamental technology used to design chips, against Qualcomm, one of its largest customers and a leading designer of mobile processors. The jury trial is expected to begin on Monday with opening arguments and run through Friday. Each side has been granted about 11 hours to make their case. The jury was selected on Friday.”
— by Gadgets 360.
Há alguns anos, a Qualcomm adquiriu a startup Nuvia (fundada por ex-engenheiros da Apple), que por sua vez é especializada em chips de alta performance baseados no set de instruções ARM e por isto, possui uma licença válida para o uso da sua propriedade intelectual. O “X da questão” está no fato de que a Qualcomm entende que a aquisição de 1,4 bilhões de dólares também inclui a licença da propriedade intelectual, que por sua vez não é reconhecida pela ARM como uma transferência válida. Apesar de ambas as empresas possuírem as badaladas licenças, a ARM entende que os termos e os valores dos contratos estabelecidos para a Nuvia são diferentes e por isto, deverão ser renegociados.
Em vista das empresas não terem resolvido este imbrólio de forma “amigável”, esta disputa irá parar nos tribunais. O julgamento (em Delaware) irá acontecer durante toda esta semana e dentre as testemunhas que são esperadas nas audiências, estão Rene Haas (presidente-executivo da ARM), Cristiano Amon (CEO e vice-presidente da Qualcomm) e Gerard Williams (fundador da Nuvia). Segundo a Qualcomm, os seus “direitos de licença bem estabelecidos” cobrem quaisquer unidades de processamento central (CPUs) personalizadas e por isto, está “confiante de que esses direitos serão afirmados”. Já a ARM, argumentou que a Qualcomm deveria ser obrigada a destruir os designs da Nuvia e pedir indenização monetária, o que não aconteceu de fato.
A Qualcomm lançou a série de SoCs Snapdragon Elite X, os quais possuem CPUs de alta performance Oryon e que por sua vez, utilizam tecnologias baseadas na propriedade intelectual licenciada pela Nuvia. Estes SoCs são voltados para as estações de trabalho e dispositivos portáteis, possuem suporte para o sistema operacional Windows e segundo a empresa, são capazes de rivalizar com as soluções x86 desenvolvidas pela Intel e AMD em termos de performance, além de consumirem bem menos energia. Segundo alguns relatos, estes dispositivos poderão entregar uma autonomia de até 24h.
O que irá acontecer depois do veredicto? Ninguém sabem… &;-D