Em vista da pouca capacidade de processamento, disponibilidade de memória RAM e tela LCD de baixa resolução, optei por adotar o ambiente gráfico Xfce em meu netbook por mais de 5 anos (set/2009 a mar/2015). Porém, por mais eficiente e agradável que tenha sido a sua utilização durante este período, acabei optando pelo GNOME como o meu ambiente gráfico padrão, já que o Xfce levava uma “eternidade” (em termos de Software Livre) para receber novas atualizações…
“Development of the upcoming Xfce 4.16 desktop environment is progressing nicely, and now that the first preview release hit the streets, it’s time to look at the major new features and improvements. The initial plan for Xfce 4.16 wasn’t to be a big release, like Xfce 4.14 was, but it turned out it was worth the effort of working on more new features for the lightweight desktop environment and present users with a comprehensive update.” — by 9to5Linux.
A próxima versão do Xfce contará com uma série de melhorias visuais, que vão desde a repaginação de algumas telas de diálogo, disponibilidade de novos ícones, novo tema de cores escuras para o painel e barra de ferramentas, efeitos visuais de animação, entre outras de ordem cosmética. Em termos de uso e praticidade, teremos adição de novas funções e recursos, opções extras de pausa/continuação para transferência de arquivos, carregamento de novas instâncias para aplicativos e uma nova interface para definir a aplicação padrão, para a abertura de determinados formatos de arquivos. Por fim, embora menos relevante, teremos também várias mudanças estruturais que, apesar de não serem visíveis para os usuários, serão importantes para o funcionamento do ambiente gráfico e as aplicações gráficas gerenciadas por ele.
Diferente do GNOME e KDE, que possuem um calendário semestral de atualizações (tal como acontece com as principais distribuições GNU/Linux), o Xfce leva em média de 3 anos para dispor de novas versões (a versão 4.10 foi lançado em abr/2012, ao passo que a versão 4.12 foi lançada em fev/2015 e a atual 4.14 foi lançada em ago/2019). Muitas das vezes, as bibliotecas e APIs utilizadas por este ambiente são relativamente antigas, o que acaba obrigando a manutenção de 2 versões de pacotes distintos para rodar o ambiente e as aplicações (tal como aconteceu por um bom tempo com o GTK nas versões 2.0 e 3.0), sem contar ainda a necessidade de manter as bibliotecas do GNOME instaladas para determinadas ferramentas e utilitários. Na prática, não vale a pena manter este ambiente como desktop padrão, em vista do pouco ganho de desempenho e as gambiarras para as aplicações rodaram com performance e usabilidade… aceitável!
Mas para o uso em distribuições especializadas, são outros 500… &;-D