… a expansão das soluções de video-conferência? Eis, uma realidade que vivenciamos nestes últimos tempos, após os problemas ocasionados pela pandemia do COVID-19 e o isolamento social: a adoção e o crescimento da modalidade de trabalho remoto, a qual possui uma grande dependência do acesso a Internet e da utilização de dispositivos móveis (smartphones, tablets e notebooks) que fazem o uso das conexões de redes sem-fio…
“A study from CCS Insight, based on a survey of 611 respondents across France, Germany, Spain and the UK, has found that traditional calls have fallen by 20% in favour of meeting apps. CCS Insight found that businesses’ reliance on online meetings continues to grow and that employees’ adoption of Microsoft Teams and Zoom jumped more than 50% in the past year. These products are now used by 47% and 41% of employees respectively.”
— by Computer Weekly.
A CCS Insight apresentou um estudo, no qual não só confirma a larga adoção das aplicações voltadas para a vídeo-conferência (especialmente Microsoft Teams e Zoom), como também ratifica a preferência dos funcionários para a implantação do modelo híbrido. Este último é uma combinação do trabalho remoto (em casa) e presencial (na empresa), o qual se destacou por trazer uma série de benefícios e conveniências tanto para os funcionários, quanto para as empresas. Mas, também existe uma grande preocupação em relação a capacidade da infraestrutura de rede, para lidar com grandes volumes de dados gerados justamente por causa das transmissões de vídeo!
Se as infraestruturas baseadas em cabeamento estruturado já estão com dificuldades de dar conta do recado (elas representam 37% das frustações dos funcionários em relação a conectividade), uma maior preocupação também está relacionada ao uso de redes sem-fio como o Wi-Fi (caracterizado como problemático por 29% dos funcionários), já que elas estão sendo gradativamente sobrecarregada, com o retorno destes empregados para o escritório. Por isso, o Wi-Fi se tornou o foco central nestes novos tempos, uma vez que até então, nunca foi utilizada como a principal forma de conexão, sendo geralmente utilizada para fins de backup, quando a cabeada não dá conta do recado!
A questão é que este problema vai muito além disso: diferente das redes cabeadas, as redes sem-fio são mais suscetíveis a queda de desempenho, em vista da sua natureza “delicada” em relação a transmissão de dados (que utilizam ondas de rádio e podem sofrer problemas como atenuações, interferências e perda de dados). Além disso, elas também são limitadas para lidar com transferências de dados de forma simultânea, já que somente um número reduzido de hosts poderá utilizar o canal de frequência por vez (em half-duplex, para variar). Por fim, quanto mais pessoas estiverem utilizando a rede, maior será a sobrecarga, já que diferente das redes cabeadas, elas não possuem uma quantidade fixa de pontos.
Eis, um cenário perfeito para a adoção de novas tecnologias, como o Wi-Fi 6/6E (e o futuro Wi-Fi 7), as quais atualmente já se encontram no mercado e trazem inovações importantes, como a capacidade de lidar com múltiplas transferências de dados, o suporte a faixas de frequências mais velozes (embora afetem o seu alcance) e a capacidade de transferir grandes volumes de dados! O mesmo se dará para o 5G, que por sua vez também utiliza faixas de frequências mais velozes (ondas milimétricas) e é capaz de transferir dados a incríveis 10 Gbps (em condições ideais). Por isto, ao contrário de estar preocupado com os possíveis problemas e inconvenientes, estou mesmo é empolgado com as novas oportunidades que irão aparecer, em um futuro não muito distante!
Sem contar a expansão das redes de fibra óptica… &;-D