Ao contrário do que muitos pensam, um arquivo excluído de uma unidade de armazenamento (seja um HDD ou SSD), não é removido de vez, embora tende a “cair no esquecimento”: na prática, apenas o registro do seu nome e a sua localização física na unidade em questão é apagada da tabela de arquivos. Por este motivo, ele poderá ser recuperado sem maiores inconvenientes, caso seja utilizada uma ferramenta para esta finalidade, como o Recuva, o TestDisk e o Undelete, entre tantos outros disponíveis pela Internet…
“If you’re planning to sell / gift your old PC or just the drive inside, you need to securely erase your SSD or hard drive so that the next person can’t gain access to your files. It almost goes without saying at this point, but simply deleting a file doesn’t make it completely disappear. The operating system simply removes a pointer to the file, leaving all the bits in place, until the drive needs that space for new data and overwrites it. But that could take years or, if you have lots of free space, never happen.”
— Tom’s Hardware.
Porém, caso o espaço utilizado pelo arquivo excluído seja reutilizado através de uma nova gravação de arquivos, não será mais possível recuperá-lo, já que os blocos utilizados pelo arquivo antigo foram sobrescritos! Para garantir que estas informações sejam removidas “di vêíz” (para que o equipamento possa ser vendido ou doado, sem o risco de terceiros recuperar os seus dados), será necessário utilizar ferramentas que preencham estes espaços com “0s” (daí o termo “zero-fill”, utilizado para definir esta categoria de softwares), bem como qualquer outra informação inútil, a qual geralmente é gerada de forma randônica!
Porém, o tutorial publicado por Avram Piltch (editor da Tom’s Hardware) não só abordou este tema com clareza, mas também acrescentou detalhes importantes em relação aos SSDs, os quais eu mesmo sequer sabia (e olha que de armazenamento baseado em SSDs, entendo muito bem)! Por exemplo, confesso que não sabia que o tradicional processo de regravação de dados “inúteis” (para ocupar os blocos liberados e detonar de vez os arquivos apagados) não funcionam muito bem nos SSDs, já que ainda deixam “resíduos” do arquivo excluído. Por outro lado, “sei de cor e salteado” que executar múltiplas regravações reduzem a vida útil dos SSDs.
Por isto, serão necessárias ferramentas especiais para a remoção completa de dados, como aquelas que já vem integradas no firmware da placa-mãe para esta finalidade, tal como foi demonstrado pelo autor através do ASUS Secure Erase. Caso a placa-mãe não tenha esta opção disponível, também poderemos fazer o uso das ferramentas fornecidas pelos fabricantes destas unidades de armazenamento, como é o caso da Samsung, da Western Digital e outros grandes nomes do mercado. Por fim, também poderemos fizer o uso de ferramentas de terceiros, como é o caso do Parted Magic. Mas infelizmente, este último não é “de grátis”.
Até então, resolvia este problema com um destes comandos no Linux:
# dd if=/dev/zero of=/dev/sdb
# dd if=/dev/random of=/dev/sdb
Só não tenho mais certeza, de que eles são (de fato) eficientes… &;-D