Conheçam o Adélie Linux, uma distribuição GNU/Linux feita “do zero”!

Embora seja um grande entusiasta do Software Livre e dos sistemas GNU/Linux em geral, não sou muito a favor do lançamento de novas distribuições, especialmente se elas não trouxerem características & particularidades que a tornem especiais. No entanto, alguns projetos merecem uma atenção especial, como é o caso do Adélie Linux: ele é sistema feito “do zero” (não é baseada em nenhuma distro popular), embora faça o uso de ferramentas de outros projetos (pois esta é a essência do Software Livre). Então, o que há de tão especial nele?

“Adélie (the name is taken from a species of Antarctic penguin, if you couldn’t guess) is a somewhat unusual distro, even aside from the slowness of its development progress. It’s not based on any other distro, although it does use tools the developers have taken from some other projects. It’s unusually tiny, but it aims at general-purpose desktop use on a surprisingly wide variety of hardware. As the announcement says: Compatible systems include smartphones, game consoles, ’90s-era PCs, and supercomputers.”

— by The Register.

Liam Proven (autor do portal The Register) fez uma bela publicação, trazendo uma visão geral desta que será uma nova distribuição GNU/Linux, pois ela ainda se encontra em fase beta por um longo período de tempo, já que ela foi lançada ainda neste estágio de desenvolvimento, em setembro de 2018. O nome não foi inspirado em uma pessoa real ou personagem fictício, mas sim a partir de uma espécie de pinguins da Antártida (sim, já vimos esse filme antes). Como resultado, o sistema utiliza pouquíssimos recursos de hardware e ao mesmo tempo, suporta uma variedade surpreendentemente ampla de hardware.

Baseado no ambiente gráfico Xfce e concebido para rodar em ambiente desktop e em servidores, o Adélie Linux não só roda em sistemas que utilizam processadores x86, mas também ARM e PowerPC. Além disso, ele suporta tanto compilações de 64 quanto de 32 bits, se tornando particularmente compatível com hardwares que há tempos deixou de ser suportado. E a variedade é enorme: smartphones, consoles de videogames, PCs da década de 90 e até mesmo supercomputadores antigos, podem ser usados! No geral, esta nova distro é considerada única sob vários aspectos.

Dentre as ferramentas e componentes de outros projetos que são utilizados no Adélie Linux, estão a biblioteca C must, o gerenciador de pacotes Alpine Package Keeper (da Alpine) e outras tecnologias que o tornam apto para ser rodado em containers. O interpretador de comandos é o Z shell (ZSH), que por sua vez é utilizado também nas versões mais recentes do macOS. Por fim, a nova distro se destaca até mesmo pela ausência de componentes adotados, como é o caso systemd: no seu lugar, é utilizado o init s6 juntamente com o OpenRC.

Para obterem maiores informações, não deixem de consultar a fonte da publicação.

O que esperar do Adélie Linux? De início, deixo claro que ele não me empolgou a ponto de baixar uma imagem ISO, para que eu possa fazer uma instalação em uma máquina virtual e assim, testá-lo por conta própria. Mas em vista do seu design minimalista, utilização de poucos recursos computacionais e o suporte para o set de instruções ARM, acredito que ele poderia se tornar uma opção bem interessante para as plaquinhas computacionais Raspberry. Atualmente, temos o Armbian como o principal candidato para este posto e apesar dele ter conquistado o meu apoio, ter outras opções alternativas seria bem interessante!

Pois rodar edições core do Windows nestas placas, está fora de cogitação… &;-D

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