Embora os consoles antigos já não sejam mais oficialmente suportados, muitos jogadores nostálgicos optam por mantê-los guardados na expectativa de que um dia, possam matar a saudade de jogos antigos que já curtiram muito e trouxeram boas lembranças! Mas para isto, uma série de cuidados se fazem necessário para a sua guarda, de forma que em um futuro não muito distante possam ser ligados, sem maiores problemas. Dentre eles, está o Nintendo Wii U, que apesar de não ser tão antigo e não ter obtido tanto sucesso, ainda é amado pelos entusiastas…
“When Nintendo released the Wii U in 2012, gamers weren’t exactly lining up to purchase the new console. Now, after 12 years, the device is exhibiting signs of hardware unreliability that could potentially cause many systems to effectively become unusable. According to retro-focused podcaster “Retro Blast”, Wii U consoles are “literally dying” due to unreliable memory chips used as system memory. If the device is left without power for too long, the inexpensive eMMC Flash memory soldered onto the motherboard can become corrupted, preventing the console from booting normally.”
— by TechSpot.
Mas infelizmente, em vista de uma decisão bastante “questionável” por parte da Nintendo, isto não será possível em relação ao seu console Wii U: por causa do uso de memórias flash NAND de baixa qualidade, o aparelho não poderá ser reinicializado, caso ele tenha sido mantido guardado por um longo tempo (mesmo que sob excelentes condições). Em geral, as memórias flash NAND conseguem manter os dados armazenados por um período de até 10 anos nestas condições e a partir daí, inicia-se um processo de degradação que resulta na corrupção dos dados. No caso dos chips baseados na tecnologia eMMC da Hynix, os consoles são mais propensos a apresentar as falhas já descritas, impossibilitando a inicialização do aparelho.
Por terem sido retirados de linha a partir de 2017, a empresa japonesa não oferece mais o suporte oficial para estes consoles, deixando os usuários por conta própria para resolverem este problema. Dentre as soluções alternativas para recuperar um Nintendo Wii U “brickado”, uma delas é utilizar um micro-controlador Raspberry conectado à uma porta USB, juntamente com um kit de recuperação para a soldagem de novos chips flash NAND. Outra possibilidade mais em conta e mais fácil de trazer o console de volta à vida, é através do uso do exploit ISFShax, que por sua vez é capaz de redefinir um cartão SD externo como mídia de inicialização, desde que ela esteja devidamente formatada e preparada para isto.
Na minha opinião, a adoção de memórias flash NAND eMMC foi uma baita vacilada da Nintendo, para a construção de uma classe de dispositivos que em tese, deveriam funcionar por anos (mesmo após o fim da sua fabricação). Além esta tecnologia não ser confiável o suficiente e oferecer uma performance limitada em comparação com outros tipos de memória, a empresa ainda cometeu o equívoco de soldá-las diretamente na placa principal do equipamento, tornando a sua substituição (em casos de defeitos) ainda mais complicada. Por fim, ela nem sequer “facilita” a vida dos usuários, concedendo ferramentas e instruções técnicas para auxiliar na recuperação do produto em questão. Que feio, Nintendo!
E em pensar que quase comprei um Nintendo Wii U para “experimentar”… &;-D