Na minha opinião, a compra da ATI Tecnologies pela AMD foi uma das decisões mais inteligentes já tomada, por parte de uma fabricante no ramo de semicondutores. A aquisição possibilitou a AMD ter acesso a propriedade intelectual da ATI e a partir daí, criar uma nova categoria de unidades de processamento: as APUs! Estas, são chips que combinam tanto CPUs quanto GPUs em um único encapsulamento, tornando-as capazes de não só executar as instruções gerais e gráficas, como também possibilita a CPU tirar proveito da GPU para a realização de cálculos matemáticos (funções antes, designadas aos co-processadores matemáticos)…
“The market is flooded with PC gaming handhelds, but with a few notable exceptions, they all have one big thing in common. That’s the APUs powering them, which are made by AMD, either in device-specific custom silicon or more general-purpose APUs. The Steam Deck has a customized APU, the ROG Ally, and ROG Ally X use variations of the AMD Z1 chip, as does the Legion Go, and a host of other brands use AMD’s laptop APUs at the core of their handheld ambitions. The picture isn’t going to change in the near future either, with the Z2 Extreme chip coming ‘soon’ and more AMD laptop chips on the way.”
— by XDA Developers.
As APUs se tornaram um grande sucesso comercial, por se consolidarem nas recentes gerações de consoles de mesa (Microsoft Xbox e Sony PlayStation). Pelo visto, assim também será para os novos consoles portáteis: Joe Rice-Jones (editor do portal XDA Developers) publicou um belo artigo sobre a ascensão desta nova classe de dispositivos móveis, destacando não só onipresença das APUs da AMD que são usados por estes equipamentos, como também as três razões pelas quais a empresa tem tudo para para firmar neste novo território!
Diferente da Intel e da Nvidia, a AMD é mais flexível quanto a personalização de suas APUs para atenderem as necessidades dos fabricantes, como é o caso da Valve e o seu popular console portátil Steam Deck. Já em relação aos demais, ela optou por construir duas novas APUs totalmente otimizadas para os consoles portáteis (AMD Z1 e Z1 Extreme), como é o caso dos badalados Asus ROG Ally, Lenovo Legion Go e o MSI Claws. A seguir, tecnologias importantes como o FreeSync se adaptam melhor a esta classe de dispositivos, em vista dos seus requisitos em relação ao consumo de energia, além de possibilitar a sincronização da taxa de atualização de quadros com os (poucos) FPS gerados pela unidade gráfica do console.
Por fim, vem a parte mais importante: o poder computacional de suas unidades gráficas! Tanto a APU AMD Ryzen 7 8840U (que pode ser encontrada em consoles como o One Xplayer X1 Mini) quanto a APU Z1 Extreme (que equipa os consoles já citados no parágrafo anterior), não só são capazes de rodar os jogos modernos a uma boa resolução, taxa de quadros fluída e qualidade gráfica aceitáveis, como também consomem muito pouca energia! Em geral, estas unidades possuem TDPs que oscilam entre 15 a 30 Watts, além de serem flexíveis para se adaptarem de acordo com as demandas computacionais dos jogos em execução. Considerando o fato de que as APUs da AMD já dominam no segmento dos consoles de mesa e agora se sobressaem nos consoles portáteis, não será tão cedo que o reinado da empresa irá acabar.
Só não podem se esquecer do Nintendo Switch e os seus bons números… &;-D