CPUs Intel “Arrow Lake” não terão mais suporte para a tecnologia HT!

Se existe uma tecnologia que até hoje não engoli muito bem, esta é a Intel HT (Hyper-Threading), que por sua vez foi designada para paralelizar a execução de determinadas tarefas e assim, “enganar” o sistema para simular a existência do dobro de núcleos lógicos (quando na prática, temos apenas a metade de núcleos físicos). Embora a sua performance varie de acordo com a aplicação em uso (sendo ruins para as aplicações não otimizadas para o multi-processamento), na prática ela acaba tornando as CPUs menos eficientes em termos de consumo…

“The rumors around Intel’s Arrow Lake processors are starting to pile up, and the latest one is a bit of a shocker in all honesty – that the chips which will follow next-gen Raptor Lake Refresh will do away with hyper-threading. Yes, you read that right – hyper-threading will apparently fall by the wayside with 15th-gen silicon, according to the latest video packed full of Intel leaks from Moore’s Law is Dead (MLID) on YouTube.”

TweakTown.

Sim, os tempos são outros: além das aplicações com suporte para o MP serem a norma (e não a excessão), as CPUs atuais possuem vários núcleos físicos, o que também minimiza os problemas relacionados a execução de várias aplicações em sistemas mono-processados com suporte para o HT (como era na época do Pentium 4). Ainda assim, continuo “olhando torto” para esta tecnologia, já que as arquiteturas mais modernas foram concebidas, baseadas em designs com núcleos heterogênos, que por sua vez trazem mais complexidades para utilizar os recursos de hardwares com eficiência, por parte de softwares otimizados.

Pelo visto, parece que a Intel se deu conta disso: segundo alguns rumores, a próxima arquitetura de CPUs Intel Core (codinome “Arrow Lake”) não irá contar mais com o suporte para o HT! A fonte da informação é baseada em um vazamento, que por sua vez foi publicado pelo canal “Moore’s Law is Dead” (Youtube). O vídeo em questão também traz uma série de outras informações interessantes, como o salto de performance em torno de +40%, embora alguns reviews e benchmarks tenham apontado um ganho médio de +20% proveniente de um suposto Core i7 de engenharia (sem HT), se comparado com um Core i9-13900K (com HT).

Por outro lado, vale lembrar que a Intel também vem apostando no aumento da quantidade de núcleos em uma unidade física, que por sua vez se subdividem em núcleos voltados tanto para a performance (P-core), quanto para a eficiência energética (E-core). Inclusive, acredita-se que o futuro Intel Core i9 (previsto para chegar somente em 2025) irá contar com incríveis 40 núcleos (8 P-cores e 32 E-cores)! Removendo os componentes eletrônicos que promovem o suporte ao HT certamente irá possibilitar isto, seja para prover mais espaço para acomodar mais núcleos ou até mesmo, implementar novas instruções matemáticas.

Vai ser interessante ver como estas novas CPUs irão se comportar em relação ao uso dos recursos do sistema, pois quanto maior a quantidade de núcleos, maior será a concorrência para acessar a memória RAM. A Intel irá apostar em uma arquitetura que mantém uma quantidade razoável de CPUs voltadas para a alta performance (que fazem o uso intensivo da memória RAM), porém utilizando um design mais simples e eficiente (sem HT). Já as CPUs voltadas para a eficiência energética, estas certamente irão fazer o uso menos intensivo da memória RAM, se preocupando mais com as pequenas e ordinárias tarefas do sistema.

Se antes estava incrédulo, agora acredito na (boas) escolhas da Intel! &;-D