“Dar um passo maior do que a perna”: eis, o que a Microsoft irá fazer…

… em relação as futuras atualizações para o Windows! Para aqueles que não conhecem este ditado popular (como é o caso dos leitores que dominam outros idiomas e assim, utilizam ferramentas de tradução para lerem as postagens deste modesto site), significa tentar realizar alguma ação ou alcançar um determinado objetivo, que está (bem) além das suas capacidades ou possibilidades. Na língua inglesa, o ditado equivalente a este conceito seria “bite off more than you can chew” (“dar uma mordida maior do que consegue mastigar)…

“If there’s one thing Windows users hate about Windows, it’s Windows updates interrupting your workflow or gaming session with a popup asking you to restart your PC finish installing the latest security update. It happens at least once a month, because that’s how often Microsoft rolls out security updates to Windows PCs. This may soon be a thing of the past, as the company is now testing an update method called “hot patching” for Windows 11 PCs. Hot patching is already in use on some Windows Server editions, as well as Xbox, and now it appears the company is preparing to bring it to devices running Windows 11.”

— by Windows Central.

E pelo visto, parece ser este o caso da Microsoft: a empresa está realizando alguns experimentos para tornar o seu sistema operacional Windows 11, capaz de realizar as atualizações de segurança sem a necessidade de reinicializar a máquina. A princípio, isto não é algo relativamente novo por parte da empresa, pois ela já oferece o hot patching para as VMs hospedadas na plataforma Azure que utilizam as edições Windows Server, voltado para o uso em datacenters (Azure Edition). O problema é que as instalações feitas em máquinas físicas são por natureza, bem mais complexas do que as existentes em hardwares virtuais…

Segundo as fontes, a Microsoft está pretendendo usar o hot patching em questão, para entregar regularmente as atualizações mensais de segurança. No entanto, isto não quer dizer que as reinicializações não serão necessárias, pois o recurso depende de uma atualização básica que requer uma reinicialização a cada poucos meses. Na prática, teremos que realizar apenas 4 reinicializações durante o ano inteiro (programadas para ocorrer nos meses de janeiro, abril, julho e outubro), ao passo que as atualizações “que não requerem a reinicialização” poderão ser feitas nos demais meses, sem incomodar os nutelas usuários.

Por fim, o hot patching estará disponível ainda no final deste ano (2024), assim que for lançada a próxima atualização do Windows 11 (24H2). Porém, somente as plataformas dotadas de processadores x86-64 serão contempladas; já os dispositivos que utilizam SoCs ARM64 terão acesso aos novos recursos (além do hot patching) providos por esta atualização somente a partir do ano que vem (2025), caso não hajam atrasos nos cronogramas. Não está claro se o hot patching estará disponível para todos os usuários do Windows 11 ou se será reservado para as edições comerciais do Windows 11, como Enterprise, Education e Windows 365.

Deixe-me ver se entendi: a Microsoft vai implementar um recurso relativamente complexo, para uma atualização que nestes últimos tempos, têm dado uma enorme dor de cabeça para os seus usuários, em vista dos “efeitos colaterais” que ela mesmo causa nos sistemas que a receberam? Não seria melhor antes, promover todas as melhorias necessárias para tornar as atualizações periódicas mais confiáveis e só depois disto, considerar a utilização do recurso em questão? Algo me diz que neste momento, a “turma do marketing” deve estar falando bem mais alto que as demais equipes, que trabalham em torno dos seus produtos…

Nessas horas, me sinto bastante feliz por não utilizar o Windows! &;-D