Há tempos, defendo a modernização do design dos PCs desktops, através da definição de novos padrões para o formato dos gabinetes e da placa-mãe, além das especificações técnicas dos demais componentes (especialmente as placas de vídeo) e suas conexões internas. O principal objetivo seria torná-los mais compactos e elegantes, além de facilitar a montagem e desmontagem. Porém, confesso que não considerei a possibilidade de que estas redefinições, poderiam ser bastante úteis em outro aspecto: minimizar o desperdício e a geração de lixo eletrônico…
“In the increasingly digital world, e-waste is a growing problem. Every year, over 60+ Million tons of e-waste is generated with less than 25% collected. Less than 12% of e-waste is recycled with over 85% being burnt, causing harmful pollution and environmental poisoning. Computers contribute to a significant portion, almost 70%, of e-waste. It is also a significant source of potential business with over $65 billion dollars of materials and minerals that could potentially be recovered from landfills.”
— by Intel Community.
Pois esta, é a proposta da Intel! Em vista dos problemas causados pela grande quantidade de lixo eletrônico gerado e do baixo reaproveitamento dos materiais poluentes, a empresa acredita que se adotássemos uma abordagem baseada em uma arquitetura flexível e modular para os PCs em geral, alcançaríamos uma série de benefícios! Além de reduzir a quantidade de lixo eletrônico gerado e o impacto causado no meio ambiente, ela também irá promover uma maior economia para os próprios usuários, já que eles poderão reparar os seus equipamentos sem maiores dificuldades e assim, estender a sua vida útil. Inclusive, também contribuiria para as recentes iniciativas voltadas para garantir a reparabilidade dos produtos de Tecnologia: o “Direito de Reparo”!
Eis, um resumo dos objetivos do design modular para PCs, proposto pela Intel:
- Reduzir o impacto ambiental, minimizando a pegada de carbono;
- Criar sistemas escaláveis que podem evoluir com as mudanças nos requisitos e interesses do usuário;
- Suportar o direito de reparo com componentes substituíveis em campo;
- Possibilitar as atualizações contínuas do sistema, evitando a rotatividade completa do dispositivo;
- Habilitar os produtos com custo otimizado simplificando os processos de design de fabricação (reutilização do módulo);
- Gerenciamento mais fácil de SKU do produto e tempo de colocação no mercado mais rápido.
Para maiores informações, não deixem de consultar a longa publicação original.
Embora à primeira vista possa parecer redundante, na minha opinião deveriam existir dois padrões para os tradicionais PCs desktops: o atual, voltado para os equipamentos de alta performance (workstations e PCs para jogos), que promova a utilização de placas-mãe no formato mini-ITX e designado para se tornar “de legado”, já que muitos componentes que ainda podem ser utilizados; já o outro deverá ser mais compacto ainda, adotando novos formatos de placa-mãe que possibilite uma boa modularização, além de promover a utilização de componentes que antes, eram disponibilizados exclusivamente em portáteis.
E claro, padronizar o consagrado formato NUC, criado pela própria Intel! &;-D