Diferente das demais distribuições Linux disponíveis, o Debian é um sistema que preza pela segurança e estabilidade. Por isso, possui um ciclo de vida mais longo e com determinados estágios para serem cumpridos, até o lançamento oficial da versão estável. E um desses estágios finais é a fase de congelamento, na qual o seu repositório não recebe mais novos pacotes para serem testados e os demais são mantidos apenas para correções…
“The Debian 11 “Bullseye” build-essential freeze is now in effect with the release team no longer entertaining transition requests. Meanwhile, architecture support for Debian 12 is in early stages of discussion with a possible reduction in i386 support for that follow-on release. Debian 11.0 “Bullseye” will see its soft freeze for new packages begin on 12 February, the hard freeze beginning a month later on 12 March, and then the full freeze of Debian 12 to happen at some later point to be determined.”
— by Phoronix.
Para o futuro Debian 11 “Bullseye”, o processo de transição para o congelamento irá se iniciar em 12/fev e ser concluído no mês seguinte. A partir deste ponto, somente correções de segurança serão feitas, para que o sistema possa ser lançado em um tempo médio de 6 meses após esta data. E apesar de estarmos longe do lançamento da versão 11, já existem idéias e propostas para as versões seguintes: a 12 “Bookworm” e a 13 “Trixie”!
Dentre as principais mudanças, está o fim do suporte a arquiteturas de CPUs mais antigas. Para o Debian 11, as arquiteturas que continuarão sendo suportadas são AMD64, ARM64, ARMEL, ARMHF, i386, MIPS64EL, MIPSEL, PPC64EL e s390x. Dentre as eliminadas, destaca-se o MIPS básico (embora as suas variantes continuem sendo suportadas). Além disso, já existem discussões em andamento quanto ao estado do suporte a arquitetura i386 (32 bits), no que concerne ao lançamento das futuras versões da distribuição. A idéia é que também deixe de ser suportada em um futuro não muito distante.
Apesar do Debian ser uma distribuição “universal”, isto não quer dizer que TODAS as arquiteturas serão suportadas. E neste aspecto, me impressiono mesmo é com a MIPS, que desde os meus tempos de faculdade ouço dizer que “será o futuro da computação”! Já quanto ao i386, não entendo porquê ainda não foi totalmente eliminado, pois mesmo as mais recentes CPUs limitadas ao endereçamento de 32 bits, já não são mais usadas e nem sequer possuem performance suficiente para suportar uma distribuição Linux moderna.
Agora, só falta aprimorar o suporte para os SoCs Apple M1… &;-D