Em jogos de RPGs, o que há de mais interessante para se fazer…

… além de matar dragões? Depende muito de cada perfil de jogador: desde que aprendi a curtir este gênero de jogos, tenho procurado maximizar as incríveis experiências imersivas que eles nos proporcionam! Para isto, realizo uma série de ações, como criar personagens que se encaixam ao meu estilo de jogo, além de explorar intensamente os grandes mapas de mundo aberto. No entanto, confesso que não me interesso muito nas histórias complementares (lore) espalhadas pelos jogos, já que em geral elas são bem superficiais e clichês…

“The Elder Scrolls stands out as the best example of this, even using skill book to tell short stories. The volume is impressive, but games like Skyrim also benefit from the series’ legacy. There are books that crop up in multiple iterations, and while probably the biggest reason for this is that it’s efficient and reduces the amount of time and money that would need to be invested in the development of all this flavour text, the result is a world that feels so much more tangible and permanent.”

— by PC Gamer.

Segundo Fraser Brown (editor da PC Gamer), ele declara que gosta mais é de ler os livros e outros escritos feitos para complementar a história e o enredo, que são encontrados em jogos como The Elder Scrolls: Skyrim. Em sua opinião, as histórias contadas sobre as personalidades, bem como os locais e os respectivos eventos, acabam tornando muitas missões secas e sem emoção, em romances épicos (ou grandiosas tragédias)! Porém, títulos como o já citado TES: Skyrim se tornam particularmente interessantes, devido a uma grande quantidade de textos distribuídos pelo jogo, além dos grandes investimentos feitos pelas empresas que mantém este gênero, por contratar escritores para criar tais histórias!

Além de reconhecer (e agradecer) pelos esforços dos desenvolvedores que dedicam o seu tempo para criar muitos ricos e vastos em histórias em contextos, Brown também ressalta que muitos destes escritos trazem dicas importantes para auxiliar no entendimento das mecânicas destes jogos, além de explorar melhor os recursos e as possibilidades oferecidas por eles (como detalhes do funcionamento de uma magia). Embora pareça desnecessário e supérfluo à primeira vista, todo este conteúdo acaba transformando os mundos fictícios em que o jogo se desenrola, em algo mais “tangível e permanente”.

Concordo plenamente! Tive um pouco desta experiência ao assistir a trilogia O Senhor dos Anéis” e tempos depois, ler a incrível obra póstuma de Tolkien, intitulada “O Silmarillion”. Já esta última, é uma coletânea de histórias que se passaram desde o início do mundo até o advento da terceira Era (na qual mais tarde ocorre a saga do Um Anel). Apesar de ser um livro pouco apreciado pelo público geral e muitas vezes tratado apenas como “pano de fundo” (para os eventos de “O Senhor dos Anéis”), esta é considerada por muitos a maior de suas obras! Depois de ler “O Silmarillion”, a saga do Um Anel passou a ter um significado muito especial.

Mesmo assim, não tenho coragem de ler todos aqueles textos de Skyrim… &;-D