Fedora 33 terá o sistema de arquivos Btrfs como padrão

Embora não faça tanto o uso do Fedora em aplicações gerais, tal como faço com o Debian, ainda assim esta distribuição possui um lugar especial no meu coração! Lançada a partir do Red Hat Linux (descontinuado) em 2003, ela se tornou uma distribuição comunitária oficial e patrocinada pela Red Hat, para a qual é direcionada todos os avanços tecnológicos. E pelo fato das futuras edições do Red Hat Enterprise Linux serem baseadas no Fedora, muitas destas inovações acabam sendo integradas nesta distribuição comercial. Em poucas palavras: o Fedora se tornou uma espécie de “laboratório de testes”…

“Fedora is therefore always a good place to see what is coming next. What’s new in 33? One notable change is that Btrfs is now the default file system for desktop editions. “Fedora tends to be more desktop and laptop focused, and RHEL to be more server focused,” said McGrath. The adoption of Btrfs was community driven, according to McGrath. Advantages include snapshotting, support for very large files, SSD awareness, deduplication, and background error correction.” — by The Register.

A partir do Fedora 33, o sistema de arquivos Btrfs (B-tree file system) será adotado como padrão para as novas instalações deste sistema, substuindo o clássico e não tão avançado ext4. Dentre as inovações trazidas pelo Btrfs, estão a melhor escalabilidade para lidar com o agrupamento de discos, a possibilidade de criar snapshots do estado do disco e realizar verificações checksum de forma mais eficiente. Incrível, não? Poderemos concluir que, em termos de gerenciamento de disco e performance na leitura e escrita, o Fedora será praticamente uma distribuição de referência neste quesito!

Maybe not. Embora o Btrfs tenha evoluído bastante nos últimos anos e algumas instituições o tenham adotado oficialmente (como a Oracle e a SuSE em suas distribuições), este sistema de arquivo ainda é relativamente novo (2008) e não tão estável, se comparado ao ext4 (que existe desde os primórdios do Linux). Inclusive, a própria Red Hat deixou de suportá-lo oficialmente no RHEL (ago/17), classificando o como “technology preview” (tecnologia para demonstração), o qual não é recomendado para o uso em produção. Por isso, não me surpreenderei se souber de relatos de usuários que tiveram problemas como a erros de acesso, corrupção de dados e instabilidades no sistema. Então, preciso dizer algo mais?

Como diria um velho amigo: “você tem coragem”? &;-D