Fedora 37: será esta, a distribuição Linux mais moderna no mercado?

O suporte a hardware é um dos aspectos mais interessantes, nas distribuições Linux em geral. Ao contrário das edições recentes do Windows, que não funcionam bem em hardwares mais antigos (muitos sequer não são mais suportados), O Linux não só suporta uma incrível quantidade de dispositivos e periféricos, como também mantém uma performance aceitável, para esta categoria de equipamentos. No entanto, isto não quer dizer que tal suporte esteja disponível “para sempre”, uma vez que a quantidade de drivers só tende a aumentar…

“A change proposal laid out this week by Red Hat’s Adam Jackson is for removing the VESA and FBDEV X.Org drivers and in turn associated support code from the X.Org Server that leads to using those drivers. This is part of transitioning further away from X11 and focusing on Wayland support. The FBDEV/VESA X.Org driver code isn’t well maintained and largely used by obsolete graphics cards that lack hardware acceleration anyhow.”

— by Phoronix.

Por isto, algumas distribuições já vêm estudando remoção de códigos legados, como é o caso do futuro Fedora 37: Adam Jackson (desenvolvedor da Red Hat) propôe a remoção dos drivers VESA e FBDEV provenientes do servidor X.org, com ênfase para manter o foco no Wayland e promover uma transição mais suave para este servidor gráfico. Isto também se dá, em vista do fato da aceleração gráfica ter se tornado essencial para os dias de hoje e estes drivers não provêm o suporte para esta tecnologia, já que nasceram justamente para ser utilizado em placas de vídeo que (até então), não possuíam drivers 3D.

Há algum tempo, os desenvolvedores do Fedora têm promovido algumas mudanças, com o objetivo de torná-la mais prática (de manter) e otimizada. Para isto, eles pretendem eliminar recursos que até antes eram designados aos dispositivos de legado, como o suporte para as antigas BIOS, a disponibilidade de pacotes para a arquitetura i686 (32 bits) e a exclusão dos códigos relacionados ao set de instruções ARMv7. Com estas mudanças, a tendência é que os seus desenvolvedores lancem futuras versões da distribuição que funcionem de forma exclusiva, nos equipamentos mais recentes. Quanto aos computadores mais antigos, estes certamente ganharão uma sobrevida através das edições LTS ou terão que se contentar, com as versões mais antigas da própria distribuição!

Atualmente, a Intel, a nVidia e a AMD não só produzem GPUs e IGPs, como também fornecem os seus respectivos drivers (proprietários, como é o caso da nVidia e AMD) e/ou promovem o suporte para o desenvolvimento de drivers de código aberto (como é o caso da Intel e AMD). Além disso, há tempos que o UEFI está presente e achar uma máquina com suporte exclusivo ao BIOS, é algo bem complicado nos dias de hoje. O mesmo se dá para CPUs de 32 bits, uma vez que as extensões de 64 bits já existem desde 2003 e praticamente todas as CPUs modernas a suportam. Na minha opinião, hardwares lançados há +10 anos deveriam ser classificados como obsoletos, já que dificilmente teriam alguma utilidade nos dias de hoje!

Apesar do meu netbook (2013) ainda estar funcionando “mais ou menos”… &;-D